O presidente da Câmara Municipal do Porto, Rui Moreira, esteve nos estúdios da BBC, em Londres, no programa editado por Matthew Amroliwala, para falar do Porto enquanto cidade do futuro. Esta participação contou com o seu homólogo de Roma, Ignazio Marino, e a presidente da Câmara de Gotemburgo, Anneli Hulthén.
O jornalista quis saber como é possível adaptar cidades históricas e antigas aos desafios de sustentabilidade e de infra-estruturas de futuro, preservando a herança histórica e patrimonial.
Rui Moreira apresentou como metas para um Porto de futuro trazer mais habitantes para a malha da cidade, salientando que, “actualmente, tem muitos factores de atracção, as pessoas podem ir a pé para o trabalho, têm parques, cultura”.
Para o autarca portuense o desafio consiste em tornar a cidade “mais confortável e interessante”. Explicando que considera o termo “confortável, no sentido de que os edifícios antigos podem ser confortáveis, podem ser reabilitados e mais interessante no sentido em que temos que atrair para a cidade a cultura que vai além das suas muralhas”.
Rui Moreira falou ainda de alguns projectos que têm sido desenvolvidos ao longo dos últimos anos e que têm ajudado a catapultar a cidade para os desafios do futuro: “Temos um sistema de metro, construído nos últimos dez anos, bastante bom, 50 por cento da frota de autocarros funcionam a gás natural e nos próximos anos teremos os veículos municipais a funcionar a electricidade”.
Já o presidente da Câmara de Roma recordou uma das decisões mais polémicas que teve de tomar: “Uma das minhas mais importantes decisões, que foi muito popular no exterior, mas pouco popular em Roma, foi cortar o trânsito envolvente ao Coliseu. Precisamos de proteger os monumentos e ao mesmo tempo construir infra-estruturas. Antes de ser eleito circulavam diariamente 30 mil carros à volta do Coliseu”.
Por seu lado, a presidente da Câmara de Gotemburgo, Anneli Hulthén, sublinhou que “nós focamos o nosso maior problema na fonte de poluição e no aquecimento. Já o tínhamos feito nos anos 70, temos uma longa história em questões de energia. E agora estamos a debater a questão dos sistemas de transportes e passar do sistema de uma situação em que se utiliza mais o veículo privado para o sistema de transporte público”.
Fonte: Câmara Municipal do Porto