A expansão dos retalhistas internacionais na região nórdica deverá acelerar nos próximos anos, revela um novo research da JLL. Para tal muito vai contribuir o crescimento populacional e o aumento das vendas a retalho.

O relatório “Destination Nordics 2015” analisa a presença e a expansão das marcas internacionais de retalho em seis mercados nórdicos chave e revela que apesar de oferecerem oportunidades de mercado significativas, as cidades nórdicas ainda permanecem relativamente inexploradas.

Prevê-se que a expansão dos retalhistas internacionais acelere na região nórdica ao longo dos próximos anos, impulsionada pelo crescimento populacional e pelo aumento das vendas a retalho. As seis cidades chave, que se destacam entre as mais prósperas da Europa, continuam a evidenciar um elevado grau de maturidade de mercado, resiliência e perspectivas de crescimento, bem como transparência imobiliária e um baixo risco.

“Enquanto muitas marcas internacionais continuam a ter como alvo cidades chave na Europa Ocidental, outras começam a procurar novos mercados para crescer. E aquelas que estão a re-orientar as suas estratégias de expansão olham cada vez mais para o mercado nórdico como uma plataforma de crescimento. Nos últimos dois anos as principais cidades nórdicas têm atraído novos operadores para o seu mercado – a uma taxa mais elevada que as cidades da Europa Ocidental e do Sul”, disse James Dolphin, Lead Director of International Retail at JLL.

Com novos formatos de retalho como o Mall of Scandinavia e o REDI a entrar no mercado e a aumentar a oferta, cerca de 50 retalhistas internacionais traçaram como objectivo o mercado nórdico para os próximos cinco anos. O Reino Unido é o maior exportador internacional de marcas de retalho em toda a região nórdica, impulsionado pela expansão de marcas de grande consumo e marcas premium; seguido pelos Estados Unidos da América e a Alemanha.

“Outrora encarados como as maiores barreiras de entrada, a distribuição de bens e o câmbio são um desafio cada vez menor. A competição entre marcas internacionais ainda permanece relativamente baixa e assistimos a histórias de sucesso para os operadores que se estreiam naqueles mercados, como a Boggi Milano, Michael Kors e Louis Vouitton”, acrescentou Dolphin.

“Este tem sido um ano recorde no que toca a novas marcas na Suécia e continua a verificar-se uma forte pressão para encontrar localizações para o elevado número de marcas internacionais que querem entrar no mercado. Classificamos Estocolmo como o destino nórdico de retalho mais atractivo, dado o seu mercado próspero e uma base de consumidores com forte poder económico e orientados para a moda. Mas Oslo é actualmente o destino de retalho que mais se desenvolve na região, tendo dado as boas-vindas nos últimos dois anos ao maior número de operadores internacionais de retalho em toda a região nórdica – ainda que actualmente tenha como principal limitação a escassez na oferta de espaços disponíveis. Entretanto, prevê-se que o crescimento das vendas em Helsínquia venha a superar o da zona Euro no médio prazo”, disse Martin Lindgren, Head of Retail Agency, JLL Suécia.

De acordo com os dados do Oxford Economics, os países nórdicos são dos poucos da Europa que deverão registar um crescimento populacional.

Foto: Emporia shopping center - Suécia