O jornal espanhol Cinco Días revelou que o empresário português Pedro Queiroz Pereira recusou a oferta do magnata colombiano Jaime Gilinski pelo hotel de luxo Villa Magna, em Madrid. O valor foi de 190 milhões de euros.

No mês de Junho surgiram rumores de que Gilinski, principal accionista do banco Sabadell, tinha fechado a compra do hotel à holding Sodim, pertencente ao empresário Pedro Queiroz Pereira. Mas fonte da empresa portuguesa, citada pelo Cinco Días, assegurou que “não é certo que se tenha vendido o Hotel Villa Magna”, uma vez que “a Sodim não aceitou as últimas condições para a transacção”. 

A mesma fonte enfatizou que “em nenhum momento essa venda esteve fechada” e que suspeitam que “a notícia da venda tenha sido dada para fazer pressão” e que na “realidade o senhor Queiroz disse que 'não' aos 190 milhões”.

Para esta recusa muito terá contribuído o crescimento da economia espanhola e o aumento das receitas do turismo. Com efeito, a mesma fonte da empresa citada pelo jornal espanhol refere que o “Villa Magna mantém um alto nível de taxas de rentabilidade e ocupação”, tendo passado de uma facturação de 19,5 milhões de euros em 2013 para 23,4 milhões de euros em 2014, um aumento de 19,36% em termos homólogos, e tendo também aumentado os lucros em 62,75%, para os 6,2 milhões de euros

Queiroz não descarta, no entanto, que possa vir a analisar outras ofertas, uma vez que investidores árabes e norte-americanos já demonstraram interesse por esta unidade hoteleira. Como porta-voz da empresa portuguesa avança: “Há sempre um número, embora o Sr. Queiroz não o preveja agora”. 

A consultora JLL estava mandatada para a venda do hotel, mas não teceu quaisquer comentários públicos sobre o assunto em questão.

Foto: Site Hotel Villa Magna