As promessas eleitorais na Islândia parecem ser para cumprir. Durante a campanha, Sigmundur David Gunnlaugsson, prometeu ajudar a diminuir as dívidas das famílias. Agora eleito primeiro-ministro, anunciou que vai cortar até 24.000 euros na hipoteca de cada família com empréstimos à habitação.
Refira-se que, segundo os dados oficiais deste país, a dívida das famílias é de 108% do Produto Interno Bruto, um valor bastante elevado e que aumentou drasticamente depois da crise financeira de 2008 e do colapso da coroa islandesa face a outras moedas. Não é de estranhar, pois, que Sigmundur David Gunnlaugsson tenha ganho votos perante a promessa eleitoral de fazer chegar a todas as famílias islandesas uma redução das dívidas com o crédito à habitação, um aumento do rendimento e a possibilidade de fazer poupanças.
Para poder implementar esta medida, o governo islandês estima que necessite de aproximadamente 900 milhões de euros, montante que deverá ser financiado através de impostos sobre as instituições bancárias e sobre os fundos de gestão de activos dos bancos que faliram durante a crise financeira de 2008. Com estes exercícios, pretende não afectar as contas públicas.
A polémica internacional está, no entanto, instalada, já que várias são as vozes a colocar em causa esta medida, nomeadamente o Fundo Monetário Internacional que já lançou algumas reservas. Mau grado, o governo islandês afirmou que esta é uma medida será executada já em 2014 e será levada até ao fim.