A situação actual do mercado imobiliário de escritórios de Madrid é bastante positiva, apresentando-se o ano de 2015 com os melhores resultados desde 2008, a ultrapassar todas as previsões e a fazer prever uma melhoria destes resultados para 2016.

A informação é dada no estudo sobre o mercado de escritórios de Madrid do BNP Paribas Real Estate e divulgados pela Worx, first provider da empresa em Portugal. A procura privada é um dos grandes impulsionadores deste momento positivo no mercado de escritórios de Madrid.

O take up de 2015 foi de 480.700 m², valor pouco abaixo do maior resultado de sempre, que remonta a 2008 com 489.700 m². O valor de 2015 revela um aumento de 30% face ao ano anterior e ultrapassou todas as previsões existentes a vários níveis.

As melhorias não se verificam apenas a nível do take up, já que a média da dimensão de cada negócio aumentou, encontrando-se neste momento nos 750 m² por operação, superior aos 500 m² nos anos crise e a caminho dos melhores resultados de 2008- 1000 m².

No número de contratos também existe uma clara evolução, com um aumento de 26% passando de 343 contratos, em 2014, para 432, em 2015, mais uma vez, apenas inferior aos valores registados em 2008, que foi de 508 contratos.

Para 2016 as perspectivas de continuidade deste bom momento do mercado são reais e bastante enquadradas com a tendência de aposta na reabilitação para reforçar a oferta de escritórios. A confirmar estes dados refira-se que é já certa a entrada de 94.000 m² divididos por cinco edifícios renovados.

Para 2016 não é expectável a aposta em construção integralmente nova mas em 2017 é já prevista a entrada de oferta nova, o que revela uma confiança natural no mercado.

A renda prime mantém-se nos 28€/m² e o maior aumento verificou-se no CBD: 26% passando de 19,2€/m² para 22,9€/m². A média das rendas praticadas aumentou cerca de 10%, situando-se agora nos 14,7€/m².

Para 2016 prevê-se que o take up ronde os 510.000 m², um ligeiro aumento na generalidade das rendas com maior tendência na renda prime graças à pouca oferta face a uma grande procura. O crescimento do PIB, que se prevê de 2,5%, certamente afectará a recuperação do ajudando à manutenção do dinamismo do mercado de escritórios.