A CBRE publicou o seu primeiro estudo ‘Understanding European Technology Clusters’, que destaca o rápido crescimento do sector tecnológico na Europa. Lisboa está posicionada no 26º lugar desta lista.

Este estudo analisa as características dos clusters tecnológicos e explora as futuras oportunidades das cidades tecnológicas e emergentes na Europa. De entre as 35 cidades europeias contempladas pelo estudo, Londres surge em primeiro lugar na tabela, seguida por Paris, Berlim, Munique, Madrid e Dublin. O relatório identifica ainda as cidades tecnológicas europeias emergentes, que estão a registar o ritmo de crescimento mais rápido, como é o caso de Budapeste Bucareste, e Istambul, nos 7º, 8º e 9º lugares respectivamente. Lisboa surge posicionada no 26º lugar desta lista.

Entre as principais conclusões deste estudo, está a taxa de crescimento de emprego no sector tecnológico ultrapassou largamente, nos últimos cinco anos, a taxa de crescimento de emprego sedeado em escritório, e deverá manter esta tendência positiva nos próximos tempos.

Outra realidade constatada nesta análise é que, num grupo constituído pelos maiores mercados de escritórios europeus, a proporção de contratos de leasing feitos por empresas tecnológicas tem aumentado constantemente, partindo de um valor inferior a 10% em 2008-2009 para chegar aos 16% em 2016, ultrapassando a quota do sector da banca e financeiro durante este período.

Refira-se que Londres, Munique e Paris dominam os pedidos de patentes de alta tecnologia no Instituto Europeu de Patentes.

O estudo da CBRE revela ainda que a tecnologia contempla um vasto grupo de actividades, mas alguns hubs tecnológicos conseguiram atrair sub-sectores específicos. Por exemplo, a publicidade digital tem um grande peso em Berlim, enquanto os requisitos dos serviços de Tecnologias de Informação assumem uma maior representatividade em Budapeste.

Richard Holberton, director sénior de Research da CBRE, comenta: “Londres e Paris são as cidades tecnológicas líderes da Europa. Beneficiam de uma grande procura e de uma grande variedade de ocupantes, tanto em termos de tipologias como de dimensão. No entanto, o nosso estudo mostra que existe um vasto leque de cidades tecnológicas atractivas. Hamburgo, Sófia e Varsóvia são hubs tecnológicos cada vez mais relevantes na Europa. Colónia, Turim e Utrecht continuam a registar grandes concentrações de emprego neste sector, enquanto Lyon e Zurique deverão assistir a um crescimento mais expressivo da taxa de emprego tecnológico, comparativamente com outras cidades de maior dimensão”.