A secretária de Estado do Turismo, Ana Mendes Godinho, em Pequim, na China, afirmou que Portugal quer ser um destino turístico de referência neste país. Para o efeito, é vital a abertura do voo directo entre os dois países.

De acordo com os dados oficiais, em 2016, Portugal recebeu um total de 183.000 turistas chineses, traduzindo-se num aumento de 20% face ao ano anterior, além de terem gasto o valor de 80 milhões de euros. Ainda assim, em declarações à agência Lusa, a secretária de Estado disse que “os chineses que chegam a Portugal são sempre canalizados através de outra porta na Europa, nomeadamente através de Espanha”, pelo que “passam poucas noites em Portugal”.

Daí que o “grande objectivo é inverter essa tendência” e tal pode passar pela abertura do voo directo entre os dois países.

Refira-se que a companhia aérea chinesa Beijing Capital Airlines vai arrancar em meados deste ano com quatro voos semanais entre Hangzhou, capital da província chinesa de Zhejiang, e Lisboa, com paragem em Pequim. Além disso, Portugal passou a contar este mês com mais um centro de emissão de vistos na China, que são agora nove, no total, distribuídos pelas cidades de Pequim, Xangai, Hangzhou, Nanjing, Chengdu, Shenyang, Wuhan, Fuzhou, Guangzhou.

A estratégia portuguesa passa também por pôr as suas empresas em contacto com operadores turísticos chineses, através de sessões de encontros realizadas em diferentes cidades do país asiático.

Em Pequim, Ana Mendes Godinho avançou que “aproveitamos para apresentar também o programa Revive, para reabilitação do nosso património e transformação dos nossos activos, que estão fechados ou desaproveitados, em activos turísticos que sejam um motor de desenvolvimento nos sítios onde se encontram”.

Foto: Anabela Loureiro