No estudo semestral da B. Prime, onde apresenta dados sobre o mercado de investimento português e o perfil dos investidores que procuram o nosso País, verifica-se que o mercado de investimento português captou 1.053 milhões no 1º semestre do ano e poderá bater um novo recorde.
De acordo com a consultora, Portugal tem captado o interesse de vários investidores internacionais, fruto de diversos factores: estabilidade politica e económica, qualidade dos activos, potencial aumento de renda e taxas de yields atractivas comparativamente a outros países europeus.
Neste estudo, a B. Prime avança que 2017 será um ano recorde no mercado de investimento, pela dimensão dos portfólios que estão a ser negociados e que poderão alcançar cerca de 2.600 milhões de euros. As baixas taxas de juro e um potencial aumento das rendas na ordem dos 20%, nos próximos anos, tornam o mercado imobiliário nacional apetecível para as mais diversas nacionalidades, nomeadamente sul-africanos e ingleses que têm mantido uma posição forte, contrariamente aos americanos e franceses que perderam alguma influência.
Relativamente, ao mercado de escritórios de Lisboa, o Prime Watch afirma que o aumento das rendas prime e médias deverá manter-se nos próximos tempos. Esta tendência é um reflexo da falta de novos edifícios de escritórios, face a uma procura contínua, por parte das empresas.
Segundo Jorge Bota, Managing Partner da B. Prime: “Existe uma taxa disponibilidade de escritórios para ocupação de 9.68%, mas que são espaços desadequados face aos requisitos da procura, por serem edifícios antigos e obsoletos. Os promotores têm apostado na reabilitação de imóveis para uso turístico e residencial, mais atractivos e com melhores retornos para já. Por isso, neste momento temos grandes empresas que escolhem outros concelhos, em detrimento de Lisboa, o que é realmente alarmante por poder quebrar a dinâmica existente. Por outro lado, devido a um potencial aumento de rendas na ordem dos 20%, o mercado de investimento nacional tornou-se muito mais dinâmico atraindo um perfil muito variado de investidores que procuram oportunidades de negócio premium mas não só”.
Foto: Joaquim Manços