Uma oportunidade no mercado imobiliário em Faro conduziu à criação da Casa d'Alagoa - Faro Hostel. Trata-se de um hostel inserido num mercado que atingiu a sua maturidade muito rapidamente. O sócio-gerente Nuno Almeida Fernandes explica como…

Em 2011 em Faro, o mercado do alojamento jovem estava nas mãos da Pousada de Juventude e pouco mais. Assim, após um estudo de mercado efectuado pelos actuais sócios do hostel Casa d'Alagoa, chegou-se à conclusão de que haveria um nicho de mercado por explorar na região. Pouco depois com diligências feitas ao mercado imobiliário em Faro encontraram o actual edifício onde se encontram e que para os farenses era conhecido com a “Casa de Lumena”, edifício com mais de 200 anos e desesperadamente a necessitar de remodelações.

O ponto de partida para a criação deste hostel foi, pois, existir um “mercado por explorar e oportunidade no mercado imobiliário em Faro”, explica Nuno Almeida Fernandes. “O nosso hostel tem como caraterística principal o apoio ao viajante jovem, quem procura explorar a região e pouco sabe sobre ela encontra na Casa d'Alagoa – Faro Hostel uma equipa que conhece bem Faro e arredores, além de ser conhecedor de dicas low-cost para chegar onde normalmente os turistas não chegam”.

O perfil etário vai dos 18 aos 28 anos, estudantes universitários e que viajam por períodos longos (um mês no mínimo).

Curiosamente, a maioria são viajantes a solo e cerca de 60% são do sexo feminino. A estada média ronda 1,4 noites e o nosso preço médio varia bastante consoante a época, na época baixa cerca de 11 euros por cama/noite e na época alta 19 euros por cama/noite.

Na opinião de Nuno Almeida Fernandes a criação da tipologia Hostel é “ o passo lógico a dar”, pelo que está “plenamente de acordo com a criação desse conceito legal de hostel, já que representamos uma fatia cada vez maior do sector turístico nacional, com prémios internacionais e que requer profissionalismo e não amadorismo na sua concepção, organização e gestão. Tudo para que o sector seja capaz de enfrentar o futuro com sustentabilidade e qualidade”.

No contacto com Nuno Almeida Fernandes não se pode deixar de questionar sobre o facto de se perspectivar a abertura, dentro em breve, de mais hostels no Algarve. E para este interlocutor, tal realidade é o “espelho de todas as outras regiões onde este conceito também foi um sucesso. Desde Lisboa, Porto e Lagos, no Algarve, poucos anos após a abertura das primeiras unidades seguiram-se muitas outras”. Salientando ainda que “o crescimento deste tipo de alojamento na cidade de Faro foi o mais rápido de todas essas cidades. Em 2011 era somente o Casa d'Alagoa - Faro Hostel, em 2012, já existiam três unidades em Faro e desde 2013 até este Verão de 2014 seremos cerca de 10 hostels na cidade, ou seja, assistimos a um crescimento de mil por cento!”

Segundo os conhecimentos de Nuno Almeida Fernandes, em termos de camas “o crescimento deverá rondar o mesmo valor, pois as taxas de ocupação este ano já reflectem o crescimento da oferta, que superou claramente a procura do mercado, ou seja, o preço médio desceu e a taxa média de ocupação nos primeiros seis meses também”.

Face a esta conjuntura considera que “o mercado em Faro atingiu a maturidade muito rapidamente e que daqui para a frente somente a qualidade dos alojamentos aliada à qualidade da sua gestão poderão evitar sobressaltos na sua sustentabilidade a curto e médio prazo”.