O presidente do Turismo de Portugal, João Cotrim Figueiredo, afirmou na conferência “Turismo 2020: Plano de Acção para o Desenvolvimento do Turismo em Portugal” que os operadores do sector têm de trabalhar “em conjunto”. Só desta forma poderão ter um “sucesso duradouro” e aproveitar os próximos fundos comunitários.

No evento que decorreu ontem no edifício da Alfândega do Porto, João Cotrim Figueiredo declarou que “falta uma estratégia visivelmente colectiva, já tivemos uns laivos de trabalho em conjunto, mas falta evidenciar que somos capazes de unidos, dentro das diferenças e especificidades regionais, termos um plano referencial de estratégia colectiva”.

Salientando que a cooperação entre os operadores do sector é “importante” dado a sua importância social e económica, as vantagens de integração territorial, o imperativo de ser mais selectivo e estratégico e a necessidade de haver articulação entre as iniciativas. Na sua opinião, “não haverá sucesso duradouro se as instituições não forem capazes de caminhar juntas”.

Em relação aos próximos fundos comunitários, João Cotrim Figueiredo defende que devem privilegiar a qualificação da “oferta turística tradicional” e não criar novos recursos; e em termos de “oferta turística menos tradicional”, devem-se promover iniciativas que juntem alojamento, animação e transporte para criar “novas experiências”.

João Cotrim Figueiredo defendeu ainda que é necessário existir uma maior coordenação entre iniciativas nacionais e regionais que permitam promover o País como “um todo”, tal como investir na promoção externa. “Não faz sentido que haja actividades feitas pelo Turismo de Portugal com impacto directo nos territórios que não seja do conhecimento das instituições com responsabilidades nessas regiões e vice-versa”.

O turismo é uma actividade multifacetada e transversal, sendo fácil haver “pulverização” de iniciativas descoordenadas, dai a importância de “embarcar num barco comum”. João Cotrim Figueiredo frisou ainda que “os recursos são escassos, por isso, não podemos suportar todas as pretensões”.

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