A paralisação dos pilotos da TAP e da Portugália, que se vai realizar entre os dias 1 e 10 de Maio, afectará a “sustentabilidade” das transportadoras aéreas e terá “efeitos desproporcionais” para as empresas ligadas aos sectores do turismo e do comércio, declarou o secretário de Estado do Turismo. Ainda assim, Adolfo Mesquita Nunes acredita que os números do turismo vão continuar a ser positivos em 2015.

À margem de uma conferência de imprensa sobre o novo diploma do jogo 'online' e questionado sobre os efeitos da paralisação no que respeita à época de Verão, o secretário de Estado do Turismo afirmou estar “convencido de que o sector do turismo vai continuar este ano a crescer, apesar desta greve”.

Mau grado, Adolfo Mesquita advertiu que “uma paralisação de 10 dias na principal companhia aérea a operar em Portugal, que vive uma situação financeira débil, tem efeitos desproporcionais ao exercício de um protesto”. Além disso, enfatizou que os impactos vão ser também “desproporcionais” para as empresas ligadas aos sectores do turismo e do comércio e que são “alheias às reivindicações” dos pilotos.

O governante considera ainda que a greve “coloca em causa a sustentabilidade da empresa (TAP), direccionando clientes para outras companhias aéreas e para outros destinos que não Portugal”.

Fonte oficial do grupo TAP já fez saber que, a confirmar-se uma adesão elevada ao protesto, cerca de 3.000 voos e 300 mil passageiros poderão ser afectados pela paragem dos pilotos.

Recorde-se que os pilotos da TAP marcaram uma greve que se vai realizar entre o dia1 e 10 de Maio por considerarem que o Governo não está a cumprir nem com o acordo assinado em Dezembro de 2014, nem com o estabelecido em 1999, e que lhes dava direito a uma participação no capital da empresa no âmbito da privatização.

Foto: Anabela Loureiro