No dia 27 de Janeiro, em audição no Parlamento, o presidente da IP, António Ramalho, deu a conhecer o plano que pretende “valorizar as estações de comboio”, quer de Santa Apolónia, em Lisboa, quer de São Bento, no Porto. As mesmas poderão vir a ter unidades hoteleiras e áreas comerciais e culturais.

Em declarações aos deputados, António Ramalho destacou que as estações de comboio de Lisboa e Porto precisam de ser dinamizadas mas que, ainda assim, e de acordo com o plano da IP, ambas vão manter a sua vocação de terminal ferroviário. À vocação ferroviária vai juntar-se os pólos comerciais, culturais e hoteleiros, contando, para o efeito, com parcerias com várias instituições e empresas.

Fonte oficial da IP em declarações à agência Lusa revelou que estão a “desenvolver um exaustivo trabalho com o objectivo primeiro de preservação do valioso património histórico e arquitectónico que representa e também no sentido da promoção e rentabilização dos espaços não essenciais à actividade da empresa”.

Ainda relativamente à estação de São Bento a mesma fonte avançou que o armazém para locomotivas obsoletas localizado na Baixa do Porto e que corresponde a cerca de 9.000 metros quadrados, poderá vir a albergar uma unidade hoteleira estão a decorrer as negociações para o efeito. O objectivo é também que esta estação seja “muito mais que um local de acesso ao transporte de comboio” e passe a ser “um novo espaço de convívio e cultura que turistas e portuenses vão querer conhecer e estar”.

Recorde-se que já antes, no dia 22 de Janeiro, António Ramalho tinha afirmado que a estação de Santa Apolónia, em Lisboa, irá manter o terminal ferroviário mas irá ter uma nova abordagem comercial e até possivelmente um hotel. E uma das razões para esta aposta é que do outro lado da estação está o Terminal de Cruzeiros. Além disso lembrou também o caso de sucesso da estação do Rossio que gera uma renda anual de um milhão de euros.