“O turismo deverá continuar no próximo ano a ser um dos principais motores das exportações portuguesas e do crescimento do País”, salienta a Associação da Hotelaria de Portugal (AHP) a propósito do 28º Congresso Nacional da Hotelaria e Turismo que se encontra a decorrer em Ponta Delgada, nos Açores.
Para esta afirmação muito contribuem as reservas já feitas para 2017, que antecipam não só um novo recorde, como também o facto de o nosso País continuar a beneficiar da instabilidade em países como os do Norte de África ou da Turquia. Como Elidérico Viegas, presidente da Associação dos Hotéis e Empreendimentos Turísticos do Algarve, explicou: “Não sendo de prever o fim da instabilidade nos destinos concorrentes do Norte de África, é natural que continuemos a beneficiar do crescimento na ocupação e, mais importante do que isso, este ano também nas receitas”.
Já Raul Martins, presidente da AHP, afirmou que “o turismo tem vindo a superar-se ano após ano”, pelo que acredita que estão criadas as condições para voltar a bater recordes em 2017”. Este novo recorde é esperado tanto ao nível do número de turistas para 2016, como do volume de reservas para 2017.
Os dados revelados neste congresso, que tiveram por base o Instituto Nacional de Estatística, revelaram que o sector do alojamento e restauração criou, este ano, 46.700 postos de trabalho directos. Ainda assim, devido à sazonalidade, o saldo final dos primeiros nove meses do ano foi de apenas 38.600 empregos. Mas segundo Pedro Carvalho, director do departamento de Estudos e Planeamento da Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal, “o emprego criado não tem sido precário”, além de que a sazonalidade tem sido “atenuada”.
Refira-se que o Presidente da República, numa mensagem enviada à AHP, no âmbito deste congresso, considerou ser vital fortalecer “as bases para um crescimento a ritmo forte e sustentado em todo o território nacional e em todas as épocas do ano”. Apontando que “a solução passa pela aposta na diferenciação, na qualidade, na formação, na inovação, na promoção do património natural e cultural”.
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