Em Setembro de 2016, entre Tomar e Fátima, nasceu um conceito diferente na área da hotelaria - o The Agartha Boutique Hotel -, que permite, num mesmo espaço, o equilíbrio entre a Natureza e as comodidades do mundo moderno.

The Agartha Boutique Hotel localiza-se no lugar de Monchite, em Sabacheira, no concelho de Tomar, e é um convite a uma experiência de descanso e de tranquilidade, de quebra da rotina e de bem-estar.

Um mês depois da sua abertura, The Agartha foi valorizado com a abertura do ‘Abundância restaurante’, que serve os hóspedes do boutique hotel mas é aberto à população em geral. Com Pedro Rodrigues como chefe de cozinha, o Abundância situa-se no segmento da cozinha tradicional portuguesa, dentro do conceito da quinta para a mesa, com a opção preferencial pelos produtos locais, e com pratos apresentados com um toque criativo e de requinte.

O propósito da diferenciação relativamente ao que existe na área da hotelaria e da restauração na região é notório e surpreende quem chega. The Agartha Boutique Hotel dispõe de nove quartos, todos decorados de forma exclusiva, uma casa familiar com dois quartos e uma sala, o restaurante Abundância e uma sala multiusos com capacidade para 75 pessoas sentadas. A sala poderá ser reservada para festas temáticas – nos últimos quatro meses já algumas ali tiveram lugar -, apresentação de produtos, conferências, workshops, iniciativas familiares ou eventos empresariais.  
“Nas opiniões que tenho recebido sobre este projecto uma palavra tem ressaltado: improvável. Concordo plenamente com ela, já que a improbabilidade é uma característica do The Agartha desde o seu início”, explica Sérgio Freitas, promotor do empreendimento.

Localizado num lugar improvável, uma pequena localidade mesmo na fronteira entre Tomar e Ourém, entre vales e serra, o nascimento deste hotel é ele mesmo inesperado até porque a formação e experiência profissional do promotor assentava e apontava para caminhos diferentes, já que Sérgio Freitas trabalhava como projet manager em projectos de engenharia internacionais numa empresa multinacional da área da construção e dedica-se agora totalmente a este empreendimento.

O próprio nome do boutique hotel é inusual. “Agartha é um termo místico associado à Natureza e que designa o interior da Terra, pois estamos num local muito especial, envolvido pela Mãe-Natureza”, explica o promotor.

The Agartha Boutique Hotel tem como principal mais-valia o estar em plena união com a Natureza mas simultaneamente muito próximo dos centros urbanos de Fátima, Ourém e de Tomar. Situa-se a 10 quilómetros de Tomar e a 17 de Fátima, é favorecido pela ligação do IC9, com saída em Carregueira - Fungalvaz, ali mesmo ao lado. Situa-se ainda na vizinhança da praia fluvial do Agroal, na maior nascente do rio Nabão, nos últimos anos a ganhar destaque como local de turismo e visita.

“Nestes primeiros quatro meses desde a inauguração, os hóspedes do hotel têm vindo um pouco de todo o País e alguns chegaram do estrangeiro. O restaurante tem tido muito bom acolhimento, o que agradecemos e queremos incentivar. A presença nos meios digitais ajuda muito à divulgação do empreendimento, as pessoas têm interesse em conhecer projetos inovadores”, sublinha Sérgio Freitas.

A ideia para este desafio profissional teve início em 2010: “Tinha residência em Braga mas na génese do The Agartha vivia no Togo, em África. Sempre senti necessidade de sair da rotina frenética do dia-a-dia, de procurar tranquilidade, para encontrar o equilíbrio e de recarregar baterias, decidi-me então criar para mim e para quem o deseje um empreendimento com estas características”. 
A arquitectura é assinada por Filipe Saraiva, que projectou de forma harmoniosa a reabilitação de algumas das estruturas do centenário edifício primitivo, conjugando nos diversos espaços os materiais de construção locais, como o calcário, e a integração da natureza no próprio edifício – no átrio da recepção uma oliveira centenária dá as boas-vindas a quem chega.

“A Agartha foi edificada em estruturas de pedra originais com centenas de anos, mantendo a traça original e todas as características construtivas desta região templária”, evidencia Sérgio Freitas.

O projecto de engenharia esteve a cargo do próprio promotor, a construção, nas várias especialidades, foi toda entregue a empresas da região. A decoração é sóbria com elementos tradicionais locais e outros mais contemporâneos. Toda a construção preserva a arte local dos homens que trabalham a pedra.

“Procuro em primeiro lugar os serviços de empresas da região, como forma de valorizar a desenvolvimento local e como primeiro meio de diálogo com as pessoas, empresas e entidades”, explica Sérgio Freitas.

Um dos exemplos é o espaço Saúde para massagens de relaxamento, rejuvenescimento e terapêuticas, sessões de Yoga e de Reiki, que o empreendimento também possibilita, mas que está entregue ao cuidado de uma empresa especializada.

O Agartha Boutique Hotel é financiado em 60% pelo Programa de Desenvolvimento Rural (PRODER), obtido graças ao apoio e empenhamento da Associação do Desenvolvimento Integrado do Ribatejo Norte (ADIRN) na candidatura. “O financiamento foi crucial, é algo que valorizo muito porque me possibilita o desenvolvimento de um projeto num sector do Turismo que vem sendo crescentemente procurado, além do esperado impacto no desenvolvimento desta área rural”, conclui Sérgio Freitas.