O aeroporto complementar do Montijo vai receber, sobretudo, as companhias aéreas low cost e os serviços de médio custo. Umas companhias não vêem com bons olhos esta possível decisão, enquanto outras consideram que poderá potenciar o negócio turístico.

Esta novidade foi avançada por fonte do ministério do Planeamento e Infra-estruturas à agência Lusa que adianta que “o aeroporto complementar no Montijo será especialmente vocacionado para a operação das designadas companhias low cost e para serviços de médio curso”, uma vez que este espaço está dotado das “condições para receber os aviões usados neste tipo de operações”.

Segundo o gabinete de Pedro Marques “a pista principal do Montijo, com um comprimento aproximado ao da pista secundária do Aeroporto Humberto Delgado, mas com melhor equipamento de voo por instrumentos, terá igualmente condições para receber aviões de maior porte, em situações de contingência ou indisponibilidade temporária do aeroporto principal, assim como a sua subsequente descolagem realizada em situação não comercial (menor peso)”.

Recorde-se que no passado dia 15 de Fevereiro, o Governo e a ANA - Aeroportos de Portugal assinaram um memorando de entendimento com o intuito de “estudar aprofundadamente” a solução de um aeroporto complementar no Montijo para aumentar a capacidade do Aeroporto Humberto Delgado, em Lisboa.

Do lado das companhias aéreas existe um compasso de espera sobre a decisão final do Governo antes de decidirem se transferem, ou não, as suas operações, dentro de cinco anos, para o Montijo.

Se, por um lado, em declarações à Lusa a TAP descarta sair do aeroporto Humberto Delgado, já a easyJet considera que esta solução vai “beneficiar todos os operadores, pois permitirá que o tráfego continue a crescer” e a Ryanair afirmou “apoiar o desenvolvimento do aeroporto do Montijo como aeroporto independente, secundário e 'low cost' (baixo custo) para Lisboa, de modo a concorrer com a Portela”.

Foto: Anabela Loureiro