De acordo com o Instituto Nacional de Estatística (INE), no mês de Julho, a procura turística do Centro de Portugal cresceu três vezes mais do que a média nacional. Este valor é significativo tendo em conta o flagelo dos incêndios na região neste Verão.
Esta é uma ideia partilhada pelo Turismo do Centro que recorda que este crescimento turístico, apesar de ser uma evolução em sintonia com os valores registados desde o início do ano, tem ainda maior impacto tendo em conta que a região foi devastada este Verão por muitos incêndios. Mais, segundo o presidente Pedro Machado, “este crescimento, notório em todos os indicadores, é um forte sinal de que a estratégia seguida pelos intervenientes na área da actividade turística do Centro de Portugal é a correcta e está a dar frutos”.
Os dados do INE revelam que existiu um aumento de 13,3% no total de dormidas em hotelaria, em comparação com Julho de 2016. Trata-se de um aumento “expressivo” quando comparado com o crescimento nacional no mesmo período, que foi de 4,7%. Já em valores absolutos, registaram-se 626 mil dormidas em julho no Centro de Portugal, mais 73,3 mil do que no mesmo mês do ano anterior.
O INE adiantou também que as dormidas de não residentes no Centro de Portugal cresceram 25,5%, para 319,8 mil, sendo que foi a região que mais cresceu neste indicador (5,4%), ou seja, quase cinco vezes mais que a média nacional.
No que concerne às dormidas de cidadãos nacionais, totalizaram no Centro 306,3 mil - uma subida de 2,8%; sendo que o número total de hóspedes nesta região atingiu os 325.984 em Julho, isto é, teve uma variação de 13% relativamente ao período homólogo de 2016.
Os dados acumulados no período Janeiro-Julho de 2017 demonstram ainda que o Centro de Portugal apresenta um acréscimo de 14,9% nas dormidas (face a 8,5% de crescimento médio nacional). Nestes sete meses, as dormidas de não nacionais progrediram 28,2% (face a 10,2% na média nacional).
De acordo com o INE, os bons resultados nas dormidas tiveram um impacte positivo nas receitas, tendo-se verificado, entre Julho de 2016 e Julho de 2017, um forte crescimento quer nos proveitos totais (14,3%), quer na taxa de ocupação (5%). Nota para o facto de, nos primeiros sete meses, de Janeiro a Julho, existiu um crescimento de 19,1% nos proveitos totais.
Foto: Anabela Loureiro