O presidente da Associação Nacional de Proprietários (ANP) explicou ao Jornal de Notícias que está a aumentar o número de “inquilinos que pagam rendas baixinhas e depois subalugam as casas a turistas”. O designado arrendamento paralelo continua a ser um bom negócio para proprietários e um mau negócio para a economia nacional.
Ao todo são 220 empreendimentos turísticos inscritos no Registo Nacional de Turismo mas na Internet os anúncios de casas para alugar a turistas são aos milhares. Esta realidade domina, sobretudo, em Lisboa e no Porto e, em particular, nos respectivos centros históricos.
Para a Associação de Hotelaria de Portugal (AHP) trata-se de uma “concorrência desleal com quem cumpre, nomeadamente os empreendimentos turísticos”. A presidente da AHP, Cristina Siza Vieira, revelou que “o mercado imobiliário despejou milhares de apartamentos nos sites de arrendamento para férias e nem sempre cumprem com o que seria desejável”.
Segundo o presidente da Associação Nacional de Proprietários uma das problemáticas é que a “fiscalização é coisa que não existe neste País”.
Relativamente a esta matéria, o ministro da Economia, António Pires de Lima sublinhou que “nada temos contra novas formas de alojamento que competem com base nos méritos do seu produto. Mas somos contra novas formas de produto que competem com base na evasão fiscal”. Refira-se que o Governo encontra-se a preparar uma proposta legislativa que enquadre o alojamento local e que o adapta “às novas realidades e tendências e combata o alojamento paralelo”.