O 29º Congresso Nacional da Hotelaria e Turismo que vai decorrer de 15 a 17 de Novembro, em Coimbra, pretende levar as cidades portuguesas a pensarem e discutirem as formas como devem gerir os impactos do crescimento do Turismo.
Muito se tem debatido sobre a capacidade de carga dos destinos urbanos, sobretudo de Lisboa e do Porto. Quais os benefícios do seu crescimento turístico? Como continuar a ter a capacidade de atrair turistas e residentes? Depois de Barcelona, Berlim e tantas outras, é a vez das cidades portuguesas pensarem como gerir os impactos que o crescimento do Turismo coloca.
‘Como crescer sem perder a identidade?’ é o tema do painel que terá como keynote speaker Doug Lansky, Travel Writer e Tourism Development Advisor, defensor de que o importante são os traços distintivos de cada cidade, que se podem perder com a massificação do turismo e trazer a médio prazo prejuízos para quem investe no sector.
Depois da intervenção do keynote speaker, estará à mesma mesa, moderada por Miguel Júdice, hoteleiro, Manuel Proença, presidente do Grupo Hoti Hotéis, Daniel Oliveira, jornalista, que tem defendido a criação de medidas que permitam aos condóminos decidir se querem ou não alojamento turístico no prédio onde habitam, e Albert de Gregorio, sub-director do Turismo de Barcelona, que nos vem falar do modelo turístico adoptado nessa cidade.
Raul Martins, presidente da AHP, defende: “É importante que o sector assuma a liderança desta reflexão, sobretudo por ser o principal interessado no crescimento sustentável do Turismo. É importante encontrar um modelo que permita monitorizar o volume de turistas versus capacidade de alojamento versus capacidade de habitação versus capacidade das infra-estruturas, designadamente de transporte, aeroportuária, segurança, higiene urbana, etc. E, em razão desta monitorização, planear o Turismo. Isso é o que as várias cidades da Europa fazem mas que em Portugal ainda não acontece”.