Depois do vice-presidente da Comissão Europeia (CE) e detentor da pasta da energia, Maros Sefcovic, ter estado em Portugal, a Quercus considerou que este é o timing ideal para apelar a uma redução da dependência energética.
Em declarações à agência Lusa, Mafalda Sousa, do grupo de Energia e Alterações Climáticas da Quercus, explicou que “o vice-presidente da CE esteve ontem (dia 2 de Julho) na Fundação Champalimaud, em Lisboa, onde abordou vários assuntos relacionados com a energia. A visita enquadra-se numa série de visitas programadas pelos 28 Estados-membros da UE a decorrer até ao final de 2015 para apresentar os benefícios do documento estratégico”.
Perante esta visita, Mafalda Sousa considerou que é o momento ideal para apelar à redução da procura e da dependência energética, melhorando a segurança de abastecimento em Portugal. Apelo este que vai fazer chegar à CE, ao Governo e aos partidos.
Refira-se que esta visita do vice-presidente coincidiu com a divulgação um estudo realizado pelo Cambridge Econometrics que abrange os 28 Estados-membros. O estudo que também foca Portugal, refere que o nosso País pode cortar 1,9 mil milhões de euros na factura relativa à importação de combustíveis fósseis em 2030 (excluindo impostos), por meio da adoção de tecnologias limpas na sua frota de veículos.
A propósito deste estudo, Mafalda Sousa salienta que o mesmo indica que “consumir menos petróleo importado permitiria uma poupança significativa para as famílias e empresas portuguesas, aumentando a criação de empregos indirectos”. A coordenadora referiu também que as poupanças só poderão ser obtidas se a UE definir e Portugal apoiar medidas ambiciosas como a “adopção de limites mais apertados de emissão de CO2 para os novos veículos em 2030 poderia ajudar Portugal a evitar a volatilidade do preço do petróleo em cerca de 30% e beneficiar a economia portuguesa”.
Refira-se que, de acordo com o relatório do Estado do Ambiente 2014 da Agência Portuguesa do Ambiente, Portugal tem vindo a reduzir a sua dependência energética, basta lembrara que em 2013 cifrou-se em 71,5%. Para tal foi decisivo o aumento da contribuição das fontes de energia renovável.
Foto: Anabela Loureiro