A Agência Europeia do Ambiente revelou que a poluição do ar causou mais de 6.000 mortes prematuras em Portugal, em 2012. Um ano depois algumas concentrações de poluentes acima dos limites da União Europeia (UE) ainda persistiam.

O relatório sobre qualidade do ar da Agência Europeia do Ambiente refere que, em 2012, a exposição a partículas finas PM2.5, a ozono e a dióxido de azoto originaram 6.190 mortes prematuras em Portugal. O maior número de mortes está associado às partículas finas, com 5.400, e as restantes distribuem-se pelos outros dois poluentes.

De acordo com esta entidade, no total dos 28 Estados-membros da UE são 432 mil os casos de morte relacionados com PM2.5 e 92 mil nos restantes poluentes.

O mesmo documento mostra que nas estações de medição portuguesas há uma situação de ultrapassagem do limite de concentração diária de PM10 em Lisboa, devido ao tráfego automóvel, dois casos de dióxido de azoto a mais, igualmente na capital, e em Braga. Os valores acima do limite de ozono verificaram-se em Almada, Faro, Lisboa, Setúbal e Vila Franca de Xira.

Alberto González Ortiz, da divisão da qualidade do ar da Agência Europeia do Ambiente, em declarações à agência Lusa, referiu que “os portugueses devem preocupar-se sempre com a qualidade do ar que respiram e devem pedir que as concentrações sejam mais baixas porque a contaminação vai provocar sempre danos na saúde”.