O Primeiro-Ministro, António Costa, afirmou em Pedrógão Grande, que “é essencial voltar a valorizar a nossa floresta”. E deixa o alerta: “Se nada for feito, a floresta voltará a arder daqui a 10 anos”.

António Costa defendeu que “não devemos ter medo de fazer aquilo que é difícil e leva tempo a fazer”, considerando que “o que é necessário fazer é o cadastro”, dando o exemplo da existência de “um problema de cadastro a Norte do Tejo, onde predomina a pequena propriedade florestal e agrícola”.

A valorização da floresta e dos territórios de baixa densidade demográfica do interior foi igualmente realçada pelo Primeiro-Ministro, bem como a importância da Unidade de Missão de Valorização do Interior criada este ano.

Recordando que, depois da reforma da protecção civil e da política de prevenção e combate aos fogos florestais da década passada, “os últimos 10 anos não foram devidamente aproveitados para concretizar o ordenamento florestal”, o Primeiro-Ministro sustentou que é necessária uma “reforma da floresta”. Para António Costa, “a floresta tem de ser gerida, tratada, ordenada e certificada para que seja uma fonte de riqueza, e não uma ameaça para pessoas, bens e habitações”.

Recorde-se que, segundo o Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF), de 1 a 9 de Agosto arderam 25.738 hectares, o que demonstra um cenário preocupante já que em todo o ano de 2007 arderam 16.605 hectares, em 2008 foram 14.410 e em 2014 foram 19.700.

Foto: Anabela Loureiro