A Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE) revelou que o mercado livre de gás natural tinha, no final de Novembro 2013, 502.240 clientes. Esta realidade representa 94% do consumo global nacional.
Segundo os dados avançados por esta entidade, o número de clientes no mercado liberalizado "mais do que quadruplicou" comparativamente ao mesmo mês de 2012. Os valores relativos ao consumo demonstraram também um aumento de cerca de 2,7% em relação a Outubro e uma subida de 19% relativamente a Novembro de 2012. Em termos globais, no final de Novembro de 2013, o consumo dos clientes no mercado liberalizado de gás natural representava cerca de 94%, quando no mesmo mês de 2012 era de 90% .
No que concerne aos “grandes clientes”, os fornecimentos realizados por comercializadores em regime livre já representam 100% dos consumos, enquanto no caso dos consumidores industriais esse valor é de cerca de 90%.
Ao nível dos consumos por distribuidoras, a Lusitaniagás e a Portgás foram as empresas responsáveis pela distribuição do maior volume de gás natural, representando, cerca de 31% e 28% do consumo global do mercado respectivamente. Na lista surge, em terceiro lugar, a Lisboagás, com cerca de 21% da distribuição do consumo global de mercado. No entanto, esta última empresa é a que detém a maior fatia de clientes no mercado livre, seguindo-se a Portgás.
Estes números revelam ainda a perda da quota de mercado por parte da Galp, que deixa de ser o principal operador do mercado, passando de 52%, do total de clientes em Novembro de 2012, para cerca de 29%, em Novembro de 2013. Ainda assim, esta empresa reforçou a sua posição ao nível dos consumos, passando de 67% para 70% dos fornecimentos no mercado liberalizado, neste mesmo período.
A EDP continua a ser o principal operador do mercado em número de clientes (44%), ocupando o terceiro lugar em termos de consumo abastecido (cerca de 12%). Surge em segundo lugar a Gás Natural Fenosa, com 14%, que registou um crescimento de 3,6 pontos percentuais entre Novembro de 2012/2013.
Já va Endesa verificou-se uma quebra de carteira de 1,5 pontos percentuais em relação a Novembro de 2012, enquanto a Goldenergy registou um aumento de 1,1 pontos percentuais no memso período.