No primeiro workshop Eco.nomia, sobre economia circular, que decorreu em Lisboa, o ministro do Ambiente afirmou que “é da maior importância que o sector financeiro comece a mudar o seu próprio ADN quando apoia projectos”, até porque estão inseridos nos recursos finitos do Planeta.
João Pedro Matos Fernandes recordou que “só temos um fornecedor, que é a Terra. Não vamos, em situação alguma, ter outro planeta e os recursos de que dependem os negócios do próprio sistema estão suportados em materiais que são finitos”. Além disso, salientou que “temos de reduzir drasticamente aquilo que pedimos ao nosso fornecedor Terra e reduzir as matérias básicas” que consumimos, sejam energia ou recursos naturais.
Tendo como base esta premissa, o governante lembrou que os projectos empresariais inovadores começaram a considerar o conceito de economia circular não só “em benefício do planeta mas também do seu próprio negócio”. Até porque como esclareceu a economia circular não perturba a economia e pode definir um novo modelo de crescimento criador de riqueza mas mais respeitador da utilização de matérias-primas.
No que diz respeito a Portugal, o ministro do Ambiente afirmou que o sector financeiro em Portugal “ainda olha para a economia circular como uma coisa distante” e acrescentou que os investidores “têm um papel crucial no apoio à actividade económica que melhore, em vez de danificar, o ambiente, e que mantenha, ao invés de corroer, os recursos, contribuindo para a estabilidade económica”.
Para João Pedro Matos Fernandes a mudança passa por qualificar também os impactos ambientais e não apenas os económicos, dizendo também que a abordagem da economia circular implica conceber produtos para a longevidade e que possam ser recuperados.
Foto: Anabela Loureiro