O Governo anunciou a aquisição dos 188 autocarros verdes que irão circular nos seis municípios onde a Sociedade de Transportes Colectivos do Porto presta serviço. Trata-se de um investimento de cerca de 92 milhões de euros, financiados por fundos comunitários do Portugal 2020.

Na cerimónia de assinatura dos contratos de aquisição dos veículos na empresa Caetano Bus, que decorreu em Vila Nova de Gaia, o ministro do Ambiente, João Pedro Matos Fernandes, afirmou que os seis municípios onde a Sociedade de Transportes Colectivos do Porto presta serviço vão ficar melhor com a aquisição dos 188 autocarros verdes.

Entre as melhorias destacadas pelo ministro está o “conforto dos passageiros”, a “redução do ruído, das emissões atmosféricas e de partículas que degradam a qualidade do ar”.

Matos Fernandes recordou que o nosso País assumiu “o compromisso de reduzir em 26% as emissões atmosféricas no sector dos transportes até 2030”, na sequência do Acordo de Paris sobre controlo das alterações climáticas. Além disso, salientou também que a indústria nacional está a ter “neste processo de renovação de frotas” que abrange igualmente a Carris e o município do Barreiro.

O governante afirmou ainda que “estes autocarros são excepcionalmente eficazes do ponto de vista energético. Que os próximos, e que seja em breve, sejam todos eles construídos em materiais que possam vir a ser remanufaturados e reutilizados”.

Presente nesta cerimónia esteve o Primeiro-Ministro António Costa que declarou que “já lá vai o tempo em que o Ambiente era uma política reativa, de salvaguarda de espaços e de construção de infra-estruturas, que tinha como objectivo combater a poluição”. Acrescentando que “as alterações climáticas e o esgotamento de recursos no único fornecedor que temos, a biosfera (e não há outro), fazem com que o Ambiente deixe de ser a maquilhagem verde de políticas de crescimento, tornando-se o principal motivo de transformação social e económica”.

Nesta linha de pensamento, Matos Fernandes enfatizou que as políticas ambientais não podem ser relegadas para segundo plano face à recuperação económica e à redução de desemprego e que é essencial construir “uma sociedade circular, hipocarbónica, que transforma resíduos em recursos” e que “será igualmente criadora de emprego mais qualificado, de riqueza mais sustentada e de bem-estar mais partilhado”.

Foto: Sociedade de Transportes Colectivos do Porto