Segundo a Quercus existem, neste momento, sete eurodeputados que são "campeões pelo clima", cinco "amigos do clima" e dois eurodeputados que são "destruidores do clima". Saiba quais são…

A Quercus em parceria com a Sanbag do Reino Unido, a Rede Europeia de Acção Climática, a WWF e a EU - Parlameter, apresentam um ranking dos eurodeputados portugueses “amigos/destruídores do clima”. 

Numa pontuação que variou entre 0 e 100, Portugal tem sete deputados no Parlamento Europeu que a Quercus considera "campeões pelo clima" e que são: Alda Sousa, Luís Paulo Alves, Rui Tavares, Elisa Ferreira, António Correia de Campos, Marisa Matias e Capoulas Santos, (um independente, dois do Bloco de Esquerda e os restantes do PS), tendo Alda Sousa obtido mesmo pontuação máxima (100).

Os cinco "amigos do clima" nunca votaram, mas em diversas ocasiões abstiveram-se ou não participaram em algumas votações. São eles Vital Moreira, Ana Gomes, Edite Estrela, Inês Zuber e João Ferreira (deputados pelo PS e PCP).

Os deputados Mário David e Nuno Teixeira do PSD foram um claro obstáculo à política climática europeia, com sete votos contra em 11 decisões.

O ranking dos eurodeputados portugueses “amigos/destuidores do clima” teve por base 11 decisões relevantes tomadas nos últimos cinco anos em relação à política climática europeia, cada assunto (ou voto), de acordo com a importância do tema, ponderou de forma diferente na contabilização total. O alinhamento com a posição defendida pelas organizações não-governamentais de ambiente, favorecendo uma acção positiva e ambiciosa relativamente ao tema das alterações climáticas, merecia o valor de um; um voto contra, uma abstenção ou a ausência de voto foi contabilizada como "zero".

Os 11 temas/votos analisados e as posições defendidas pela Quercus tiveram em linha de consideração a meta de redução de gases com efeito de estufa de, pelo menos, 50% até 2030; corte progressivo dos subsídios aos combustíveis fósseis; atraso no leilão de licenças de emissão (backloading) no âmbito do Comércio Europeu de Licenças de Emissão (CELE); aumentar a oferta de energias renováveis na Europa; três metas vinculativas no Roteiro Europeu de Baixo Carbono 2050; comunicação sobre as emissões de GEE na União Europeia; proposta de medidas para reduzir o consumo de energia; aumentar a meta de redução de emissões de GEE para 30% a atingir em 2020; fundos de reserva para a adaptação e mitigação das alterações climáticas, sobretudo para os países em desenvolvimento; definição de uma posição comum da UE a vincular na Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio +20); e estratégia da UE a vincular na Conferência das Nações Unidas sobre as Alterações Climáticas, em Copenhaga (COP 15).