A exposição ‘Eduardo Souto de Moura: Continuidade’ já abriu ao público e vai estar patente, no Centro Cultural de Belém – Garagem Sul, até ao dia 18 de Setembro. A curadoria é de André Campos e Sérgio Koch.
A apresentação aos media desta exposição decorreu ontem, dia 21 de Junho, e contou com a presença dos curadores Takashi Sugimoto (realizador dos filmes patentes na exposição) e do arquitecto Eduardo Souto de Moura. Houve também ‘Música para um arquitecto’ no Jardim das Oliveiras do CCB.
A exposição apresenta maquetes de trabalho e uma série de oito vídeos originais, da autoria do realizador Takashi Sugimoto, para falar dos simbolismos e analogias na obra de Souto de Moura. Ainda no âmbito da exposição, a Praça CCB recebe uma instalação, da autoria de Custódio Araújo Arquitectos, que convida os visitantes a usufruir daquele espaço.
A 12 de Setembro, às 19h00, no Grande Auditório do CCB, decorrerá a conferência de encerramento da exposição, proferida por Eduardo Souto de Moura.
A corticeira Amorim, através da sua empresa Amorim Isolamentos, é o patrocinador principal da exposição, numa parceria que se concretizou com a cedência de mais de 2.200 blocos de aglomerado de cortiça expandida, um material 100% natural. No total, são 330 m3 de cortiça, de diferentes dimensões, um material com uma longa tradição de utilização na arquitectura e que marca não só o espaço expositivo interior, como dá vida à praça criada no exterior do Centro Cultural de Belém.
A dupla André Campos e Sérgio Koch refere que “na obra de Eduardo Souto de Moura, os simbolismos e as analogias são elementos fundamentais na composição arquitectónica. De uma forma latente, no caso dos simbolismos, ou claramente assumidas, no caso das analogias, funcionam como elementos catalisadores de um desenvolvimento mental de procura de soluções que permitem consolidar e contextualizar as suas intervenções. A uma arquitectura que procura a racionalidade na disciplina, claramente influenciada por Aldo Rossi e os seus princípios de que as pré-existências, a história da arquitectura, a tradição da cidade europeia e a ideia de monumento são o ponto de partida para evolução da disciplina, contrapõe-se uma visão norte-americana inspirada em Robert Venturi, contrária à Arquitectura Moderna, defendendo uma via híbrida, onde a contradição e a ambiguidade quebram com os princípios de coerência defendidos pelo Movimento Moderno”.