Os resultados do décimo segundo questionário “Economic Trends Survey”, elaborado pelo Conselho da Europa dos Arquitectos (CAE), confirmam os sinais anteriores de recuperação do mercado. No entanto, verifica-se que a situação ainda é muito diferente de um país para outro.
A pesquisa do CAE mostra tendências animadoras na profissão e do mercado de arquitectura. O número de entrevistados que consideram que a situação actual para a prática de arquitectura é bom ou muito bom mais do que duplicou, passando de 9,1% em Janeiro de 2013 para 21,9% em Janeiro de 2014. Contudo, apesar de uma tendência de queda, mais da metade dos entrevistados ainda consideram a situação actual como má ou muito má.
Os números mostram que a situação difere muito de um país para o outro. Considerando que o mercado no Sul e Europa Central parece permanecer parado, a situação no Norte da Europa, liderada pela Noruega, Suécia e Finlândia, continua a ser bastante bom.
O aumento do nível de optimismo, provavelmente, é alicerçado pelo pequeno aumento de trabalho de curto prazo. Apesar de os entrevistados relatarem tendências para o aumento de trabalho em todos os segmentos do mercado, o sector de habitação pública e privada é onde se verifica a evolução mais significativa. Em Janeiro de 2013, 16% dos entrevistados esperavam um aumento de trabalho neste sector, em Janeiro de 2014 são 24,3%. Em relação às expectativas para projectos comerciais e outros projectos públicos e privados, verifica-se uma tendência de ascendência semelhante.
O número de escritórios, com crescente número de funcionários tem aumentado desde 2008 e o número dos escritórios que esperam um aumento do número de funcionários nos próximos três meses, tem crescido constantemente desde 2010 (de 10,1% para 15,2% em 2014).
A pesquisa confirma, portanto, que a situação está melhorar e que os sinais agora observados transformaram-se em tendências animadoras, sugerindo uma recuperação gradual do mercado. Relativamente a Portugal, assim como, aos países do Sul da Europa e da Europa Central, infelizmente, a situação parece manter-se num impasse, sendo considerada pela maior parte dos inquiridos como a situação estando má ou muito má.
O 12º Inquérito do CAE “Economic Trends Survey” foi realizado entre Dezembro de 2013 e Janeiro de 2014 e recebeu mais de 4.600 respostas. Estes inquéritos são realizadas de seis em seis meses permitindo obter uma imagem da natureza e da extensão da crise económica na área da arquitectura.
Fonte: OASRS
Foto: Anabela Loureiro