W(E)AVING foi o projecto vencedor do Concurso de Arte Pública VIArtes promovido pelos Centros Comerciais Sonae Sierra. Os jovens artistas decoraram a fachada do ViaCatarina Shopping, no Porto, que estará petente ao público até ao mês de Junho.

Quem passa pela baixa portuense e pela emblemática Rua de Santa Catarina tem mais do que motivos para visitar o ViaCatarina Shopping e conhecer W(E)AVING, a obra de arte inovadora que se encontra, actualmente, exposta na fachada deste centro comercial.

A autoria é da responsabilidade de dois jovens artistas portugueses com formação em Arquitectura, Nuno Pimenta e Frederico Martins, vencedores do Concurso “VIArtes”, iniciativa realizada no âmbito da Política de Arte Pública desenvolvida pelos Centros Comerciais Sonae Sierra.

O ViaCatarina Shopping procurou encontrar uma solução inovadora para gerar maior reflexo da sua presença na Rua de Santa Catarina, através da criação de uma Obra de Arte, com caráter temporário, que evidenciasse e acrescentasse valor estético à sua fachada e envolvesse o público em geral.

A escolha recaiu na instalação W(E)AVING, com a qual Nuno Pimenta e Frederico Martins apresentaram uma ideia inovadora para intervenção na fachada deste centro comercial, que combina os temas da tecelagem (weaving), enquanto método construtivo, e da ondulação (waving), enquanto resultado final e efeito visual.

Através de uma tecelagem manual de fácil construção e de carácter público, os dois jovens artistas, com a ajuda dos cidadãos portuenses, cobriram a fachada do ViaCatarina Shopping com um tecido de grande dinamismo e impacto visual, recorrendo apenas a meios completamente analógicos, conforme explicam: “A aproximação à tecelagem é tanto objectiva como metafórica, uma vez que é importante envolver as comunidades locais e todos os que passam na Rua de Santa Catarina nesta criação. Este grande tecido foi criado, a partir da multiplicação de módulos que fácil e rapidamente foram construídos e onde apelámos ao envolvimento colectivo da comunidade para a construção desta intervenção”.

A fachada deste centro comercial foi coberta com um total de 17.500 tubos, que viriam a “dar corpo” à instalação W(E)AVING. Para se fixarem foram aplicados numa grelha, dobrados sem rigor definido, já que foi esta a chave da criatividade de cada artista na construção desta instalação. Sendo uma instalação que apelou à intervenção do público em geral, estima-se que mais de 2400 pessoas participaram neste projecto, aquando a sua fase de montagem, deixando assim o seu contributo numa construção inovadora que trouxe curiosidade a todos aqueles que, diariamente, passam nesta rua.

Após a conclusão da sua montagem e ao longo de todo o mês de Dezembro de 2014, o centro comercial registou uma afluência de mais 29.000 visitantes, com entrada pela Rua de Santa Catarina, do que no mês homólogo de 2013, aumento que poderá ter sido motivado pela exibição da nova fachada.

Segundo o director do ViaCatarina Shopping, José Duarte Da Glória, “esta obra representa um novo caminho no campo da Arte, que apela à envolvência de toda a comunidade. O ViaCatarina, ao lançar o 1º Concurso de Arte Pública que designou de VIArtes, pretendeu dar oportunidade a novos artistas de utilizarem a fachada do centro para exprimirem a sua criatividade e talento. E foi o que aconteceu com estes dois jovens artistas, cuja inovação na instalação que temos exposta fala por si”.

Está previsto o lançamento de uma 2ª edição do Concurso VIArtes para o próximo mês de Março, sendo que a implementação do projecto vencedor será concretizada em Setembro.

O ViaCatarina Shopping é um empreendimento comercial emblemático da baixa da cidade do Porto, em que a sua localização central na zona comercial mais antiga - Rua de Santa Catarina - bem como a singular arquitectura interior que reproduz na zona da restauração (as edificações tradicionais do Porto) levam a que seja objecto de um elevado reconhecimento por parte dos portuenses e turistas que visitam a cidade. A sua construção, em 1996, foi uma das maiores intervenções urbanísticas até então desenvolvidas, conservando a fachada da antiga sede do jornal O Primeiro de Janeiro.

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