No âmbito do ciclo de exposições individuais ECHOES on the Wall – artistas portugueses no estrangeiro, vai inaugurar no Museu Nacional de Arte Contemporânea/ Museu do Chiado (MNAC) a mostra de Ana Cardoso, Progresso/ Progress. Com curadoria de Adelaide Ginga, vai estar patente até 29 de Novembro.
O projecto ECHOES consiste num ciclo de exposições individuais que reúne jovens artistas de origem portuguesa, a trabalhar e residir fora do seu país de origem. Artistas que apresentam, na sua maioria, um currículo construído com exposições realizadas no estrangeiro, onde têm ganho crescente reconhecimento, mas com pouco ou nenhum eco em Portugal. Ainda que a maioria destes criadores procure divulgar o seu trabalho no país natal, com a realização pontual de mostras, são de um modo geral pouco conhecidos e acabam por estabelecer maior contacto com importantes centros artísticos internacionais.
Durante cerca de um ano, o MNAC irá realizar um ciclo de mostras individuais na parede de fundo do atrium do museu. É neste espaço de acolhimento que os visitantes são interpelados por trabalhos recentes ou inéditos de nomes da diáspora cultural portuguesa, que espelham as novas linguagens de criação artística contemporânea. O convite foi lançado a artistas lusófonos estabelecidos em países com comunidades portuguesas relevantes ou em crescente afirmação, nos cinco principais continentes de destino migratório. Valorizou-se uma visão plural com perspectivas culturais diversas e experiências artísticas distintas.
Sendo a arte uma área privilegiada para a abordagem de questões políticas, económicas, sociais, etc., estes Ecos propõem também a reflexão sobre questões pertinentes da actualidade: o reativar do impulso à emigração, as miscigenações sociais e respectivas hibridizações culturais, os diferentes modelos e parâmetros de integração e cidadania, a dicotomia no que toca à identidade e o surgimento de novas geografias emocionais. Esta iniciativa visa estabelecer a ponte entre as novas gerações de criadores portugueses que estão fora do contexto nacional e o MNAC como espaço de excelência no contacto com a arte contemporânea portuguesa e local de acesso à novidade que estimula novos olhares sobre o real.