A vereadora da Cultura da autarquia de Torres Vedras, Ana Umbelino, anunciou que a candidatura do Carnaval a Património Nacional Imaterial foi entregue à Direcção Geral do Património Cultural (DGPC). Este anúncio surge nas vésperas do Carnaval de Verão que vai decorrer na praia de Santa Cruz.
Ana Umbelino explicou que esta acção visa "valorizar o Carnaval e garantir a salvaguarda do património a ele associado", já que, defende, esta “é uma manifestação cultural que envolve a comunidade e que está inscrita na identidade local, passando de geração em geração rituais” e o “mais português de Portugal”.
O Carnaval de Torres Vedras iniciou-se em 1930. De um lado, tem raízes urbanas devendo a sua origem à elite local republicana e um grupo social comercial/industrial que organizaram o primeiro corso, com carros alegóricos, batalhas de flores e inspiração nos modelos carnavalescos franceses e italianos. Por outro, tem também raízes rurais de que é exemplo o enterro do Entrudo na quarta-feira de cinzas, o cortejo fúnebre e o julgamento, condenação e queima do rei, bem como as habituais ‘Matrafonas’.
De acordo com a autarquia, o Carnaval atrai 350 mil visitantes nos cinco dias em que decorre e gera receitas de 10 milhões de euros na economia local, que aumenta as suas vendas em 30%.
Mais recentemente, desde 1995, o município promove também o Carnaval de Verão. A próxima edição deste evento decorre nos dias 9 e 10 de Julho, nas ruas da praia de Santa Cruz e não vão faltar grupos de mascarados e de percussão, 'Zés Pereiras' e 'Cabeçudos' e escolas de samba e caretos. Haverá ainda música com DJs nos bares e nos palcos ao ar livre.
Foto: facebook – Carnaval de Torres Vedras