Num debate sobre os fundos comunitários 2014-2020, que decorreu ontem na Assembleia Municipal, o presidente da Câmara Municipal de Lisboa (CML), António Costa, definiu a reabilitação urbana, a eficiência energética e a acessibilidade como algumas das áreas prioritárias para a capital.

António Costa explicou que “Lisboa procurou começar cedo na preparação do que deviam ser as suas apostas estratégicas para este quadro comunitário”, tendo para o efeito definido oito áreas prioritárias: a reabilitação urbana; a eficiência energética; a acessibilidade; a criação de um “Campus do Mar”, que estabelece universidades de Lisboa ao nível da investigação relacionada com o mar; Lisboa como cidade da cultura e interculturalidade; a afirmação do turismo na base económica da cidade; a prevenção de riscos sísmicos; e a inclusão e coesão social são as prioridades definidas pela autarquia. O presidente lembrou, no entanto, que o acordo de parceria português ainda está a ser negociado com a Comissão Europeia e que só deve ser assinado depois do Verão.

No âmbito da temática da reabilitação urbana, António Costa avançou que, “com o mesmo investimento, se satisfaz diferentes objectivos: melhora a imagem da cidade e torna-a mais atractiva, é fortemente gerador de emprego directo nas obras e indirecto pela animação que produz em toda a fileira de construção”.

Para se ter uma noção das obras de reabilitação integral que toda a cidade de Lisboa necessita, o presidente explicou que seriam precisos oito mil milhões de euros, só que as verbas previstas no Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (FEDER) são de apenas 200 milhões e incluem todo o País. Do mesmo modo, António Costa afirmou que, para o período de 2014-2020, os fundos comunitários previstos são na ordem dos 833 milhões de euros para a região de Lisboa mas dessa verba os municípios só terão acesso a 144 milhões de euros do FEDER e 131 milhões de euros do Fundo Social Europeu.

Foto: cm-lisboa