O segundo dia do XV Encontro Nacional de Municípios com Centros Histórico, que decorre em Lagos, começou por debater o “Financiamento da Reabilitação Urbana”. Mas da agenda deste evento faz ainda parte importantes temáticas como a sustentabilidade, salvaguarda e regeneração dos centros históricos nacionais.
É talvez dos mais importantes pontos de encontro entre políticos e experts ligados aos centros históricos. Todos procuram caminhos comuns para dar nova vida aos pontos vitais da história de uma cidade, vila ou aldeia. Na sua 15ª edição, o Encontro Nacional de Municípios com Centros Histórico começou hoje o segundo dia de debate e troca de experiências com o tema: “Financiamento da Reabilitação Urbana.
Neste âmbito, o arquitecto Luís Gonçalves (membro do Conselho Directivo do Instituto da Habitação e Reabilitação Urbana) abordou a temática sobre como “Operacionalizar a Reabilitação Urbana”. Já Jorge Madeira Engenheiro, da direcção Financeira do Negócio Imobiliário da Caixa Geral de Depósitos, trouxe à mesa de discussão o programa Jessica e o economista Filipe Marchand debruçou-se sobre o tema “Sustentabilidade financeira: Elementos fundamentais”. A moderação coube a Victor Mendes, presidente da Associação Portuguesa dos Municípios com Centro Histórico.
Ainda no período da manhã, as atenções estiveram centradas nos “Conceitos e Critérios de Reabilitação e Salvaguarda”. A este propósito, a arquitecta Alexandra Gesta falou sobre os “Planos de Gestão”, o arquitecto José Cid focou a questão da “Reabilitação de Edifícios e Equipamentos Culturais” e o arquitecto João Campos, do Centro de Estudos de Arquitectura Militar de Almeida, deu a conhecer o carácter distintivo dos centros históricos murados e a reabilitação da arqueologia do Castelo Medieval de Almeida. A apresentação sobre o “Poço dos Negros” (Parque do Anel Verde, em Lagos): o contributo de uma escavação arqueológica preventiva para a discussão do tráfico negreiro atlântico esteve a cargo da arqueóloga Maria João Neves da DRYAS Arqueologia. O moderador deste painel foi o economista Filipe Marchand.
A parte da tarde foi reservada para uma visita às muralhas da cidade de Lagos, promovida pela historiadora de arte da Universidade do Algarve, Daniela Nunes Pereira, pelo arquitecto Frederico Mendes Paula pertencente à Câmara Municipal de Lagos/Futurlagos EM.SA, e pela arqueóloga Maria João Neves da DRYAS Arqueologia.
De volta à sala o assunto central passa a ser a “Reabilitação e a Sustentabilidade”. Este painel vai contar com a apresentação sobre “Salvaguarda, Reabilitação e Regeneração do Centro Histórico de Braga” promovida pelo geógrafo e vereador Miguel Bandeira e pelo arquitecto Pedro Lopes da Câmara Municipal de Braga). Bem como com as exposições sobre: “Sustentabilidade do Centro Histórico Pombalino de Vila Real de Santo António”, por Sofia Gomes, técnica de Património Cultural da Câmara Municipal de Vila Real de Santo António); e “Tavira e os desafios de contemporaneidade” por João da Conceição Rodrigues, licenciado em Matemática Aplicada e vereador da Câmara Municipal de Tavira. Este debate tem como moderadora a arquitecta Alexandra Gesta.
Ainda no âmbito da temática “Reabilitação e Sustentabilidade” será apresentado um segundo painel de onde faz parte o tema “Evolução Ocupacional dos Espaços Urbanos Livres de Évora” levado ao público pela arquitecta Maria Filomena Monteiro, da Câmara Municipal de Évora, pela arquitecta Marízia Dias Pereira e pela arquitecta Maria do Céu Tereno da Universidade de Évora. “Ruas Planeadas” foi o tema escolhido pela arquitecta Marta Isabel Silva da Câmara Municipal de Viana do Castelo. E o caso de Vila do Bispo com a temática: “Reabilitar a Memória – sustentabilidade do Património Local” vai ser demonstrado por Artur de Jesus, licenciado em História e pertencente à Câmara Municipal de Vila do Bispo. Este debate é moderado pela arquitecta Alexandra Gesta.
Este encontro decorre até ao dia 1 de Novembro, em Lagos. Os desafios de gestão que cidades com centro histórico enfrentam vai ser o mote de debate deste evento organizado pela Associação Portuguesa dos Municípios com Centro Histórico (APMCH) e pela Câmara Municipal de Lagos – com o apoio da empresa municipal da Futurlagos –, que está a decorrer no Centro Cultural de Lagos.