Um estudo realizado pelo departamento de Engenharia Civil da Universidade de Aveiro (UA) para a empresa municipal Domus Social, revela que é necessário cerca de 10 milhões de euros para parar com a degradação da habitação social no Porto. Falta de prevenção e manutenção é a principal causa.

De acordo com este estudo, nos 48 bairros de habitação social do Porto vivem perto de 30 mil pessoas em cerca de 13 mil fogos distribuídos por 550 edifícios, a maioria dos quais construídos há mais de meio século. Segundo Aníbal Costa, do departamento de Engenharia Civil da UA, “ao longo dos anos a construção de novos edifícios de habitação sobrepôs-se à manutenção dos edifícios”. E comm isto a habitação social portuense começou a degradar-se.

As fachadas, os vãos envidraçados e as coberturas dos edifícios são as intervenções consideradas as mais urgentes no tecido urbanístico da cidade.

Aníbal Costa chama ainda a atenção para o facto de em alguns dos novos edifícios ou que foram alvo de reabilitação “já se encontram com sinais de degradação”. É que, segundo o especialista, a falta de manutenção “acelera o processo de degradação dos materiais, chegando-se rapidamente a um estado tal que implica a aplicação de acções de manutenção correctiva ou mesmo a realização de obras de reabilitação”, as quais “envolvem verbas superiores às acções de manutenção preventiva”.

E essas verbas, segundo o presente documento, exigem 9,8 milhões de euros para realizar a manutenção da habitação social do Porto.

Foto: "Bairro Bouca 1 (Porto)" por Manuel de Sousa - Obra do próprio. Licenciado sob CC BY-SA 3.0, via Wikimedia Commons - https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Bairro_Bouca_1_(Porto).jpg#/media/File:Bairro_Bouca_1_(Porto).jpg