A administração da Soares da Costa afirmou em comunicado que "para garantir a recuperação da empresa é imperioso executar o plano de reestruturação".
De acordo com o documento, esta "reestruturação" , que se encontra em curso, "passa pela diminuição significativa de gastos administrativos, de rendas e ainda pela adequação do quadro de pessoal às necessidades actuais, nomeadamente pela dispensa de cerca de 500 colaboradores".
A administração da Soares da Costa Construções defende que a empresa tem feito "todos os esforços" com vista à "salvação da empresa" que se encontra actualmente numa "situação muito difícil", onde os prejuízos já atingem aproximadamente 60 milhões de euros por ano.
Os dados avançados pela construtora mostram que "emprega nas várias geografias onde se encontra cerca de 4.300 pessoas". No entanto, a empresa comunicou à Comissão de Trabalhadores que vai abrir um processo de despedimento colectivo de cerca de 500 funcionários para fazer face aos prejuízos acumulados fruto da crise dos seus principais mercados de Portugal e Angola.
Ainda assim, a Soares da Costa acredita que através do "diálogo, esforço e profissionalismo" dos trabalhadores conseguirá "manter viva uma instituição que é uma referência de qualidade, segurança e inovação em Portugal e no mundo".
Recorde-se que 66,7% da Soares da Costa são controlados pela GAM Holdings, pertencente ao empresário angolano António Mosquito, e os restantes 33,3% pela SDC - Investimentos (ex-Grupo Soares da Costa).
Foto: Anabela Loureiro