Este é o valor que o ministro da Economia, Manuel Caldeira Cabral, espera que seja investido por parte das entidades privadas, no âmbito do programa ‘Valorização do Património’. Ao todo, este projecto vai ser aplicado em 30 edifícios públicos degradados.
Esta afirmação foi avançada aos jornalistas à margem da assinatura do memorando de entendimento sobre a recuperação do Convento de São Paulo, um dos espaços que integra o programa ‘Valorização do Património’, que decorreu em Elvas.
Caldeira Cabral afirmou que o Governo espera “investimentos nestes primeiros 30 edifícios de cerca de 150 milhões de euros”, frisando que “estes edifícios, ao serem colocados ao serviço da comunidade, também vão poder criar emprego”.
O ministro explicou que esta iniciativa está a ser desenvolvida numa parceria entre os ministérios das Finanças, da Cultura e da Economia e visa concessionar os edifícios a privados, para que estes os recuperem e desenvolvam projectos diferenciadores. Para o efeito, adiantou ainda, que estão a ser criadas linhas de crédito para que os investidores possam investir nesta iniciativa do Governo e que já existem vários interessados.
Os edifícios em questão que fazem parte da iniciativa ‘Valorização do Património’ e, apesar da concessão privada, vão continuar a pertencer ao Estado.
Com esta iniciativa, o Governo pretende projectos diferenciadores, que tragam valor acrescentado às regiões, e que permitam valorizar o património, a partir da reabilitação e da sustentabilidade, bem como do turismo histórico e cultural. Para o efeito Caldeira Cabral salientou que “os concursos são claros e transparentes. Os privados sabem quais são as obrigações de preservação do património que têm, e o que podem fazer, sabendo também que têm de apresentar projetos que possam ser rentáveis”.
Até ao final do ano, de acordo com declarações do ministro, serão revelados os restantes edifícios envolvidos neste programa.
Relativamente ao Convento de São Paulo, em Elvas, a Câmara Municipal de Elvas, os três ministérios, o Turismo de Portugal, a Direcção-Geral do Património e a Direcção Regional da Cultura do Alentejo assinaram um memorando de entendimento para a concessão deste edifício histórico que estava vetado ao abandono e degradado e que passa, agora, a ser concessionado a privados para investimento turístico. Para este edifício está equacionado uma unidade hoteleira cuja intervenção terá um investimento superior a cinco milhões de euros.
Para Nuno Mocinha, presidente da autarquia de Elvas, o Convento de São Paulo, “era uma mancha negra”, pelo que enalteceu o surgimento do programa de Valorização do Património, uma vez que “permite acabar com a degradação do património, atrair outro tipo de público e criar emprego estável”. Adiantando que “já está a decorrer o prazo para concorrerem, tendo sido, inclusive, publicado em Diário da República”.