A construtora nacional especializada na concepção e execução de edifícios industriais e logístico Garcia, Garcia foi seleccionada pela Eurocast para concretizar a segunda unidade industrial da multinacional francesa em Portugal. Esta obra representa um investimento global de 50 milhões de euros.
Este é o segundo projecto chave-na-mão da Garcia, Garcia para a Eurocast – Grupo GMD e o terceiro da multinacional francesa em Portugal.
Nove meses após ter concluído a primeira unidade em Arcos de Valdevez, a construtora constrói no Eco-Parque Empresarial de Estarreja a maior fábrica do Grupo GMD e um projecto de referência no seu universo distribuído por nove países. Em menos de um ano, a Eurocast investe cerca de 65 milhões de euros na economia nacional e cria 240 postos de trabalho directos.
Em ambas as unidades a participação da Garcia, Garcia iniciou-se logo na identificação e selecção da localização, na qual interveio activamente, assinando ainda os projectos de arquitectura e engenharias, além da execução. Só no último ano, a construtora desenvolveu projectos chave-na-mão para vários investimentos estrangeiros no País – dois para a Eurocast e um para a multinacional brasileira WEG, em Santo Tirso. Além disso construiu o Centro de Investigação e Desenvolvimento (I&D) de Aveiro da alemã Bosch Termotecnologia e a ampliação da nipónica Uchiyama.
Tal como na fábrica de Arcos de Valdevez, que arrancou com a produção em Setembro do ano passado, e que representou um investimento superior a 15 milhões de euros e a criação de mais de 70 empregos, a unidade de Estarreja será uma fundição injectada de alumínio para componentes automóveis, cuja produção terá igualmente como destino a indústria automóvel nacional e internacional.
Com conclusão prevista para Dezembro deste ano, a multinacional francesa investe cerca de 50 milhões de euros naquela que será a sua maior unidade industrial em todo o mundo. Com uma área produtiva de mais de 21.000m2, prevê criar em Estarreja cerca de 170 postos de trabalho directos.
Uma vez mais a escolha para a concepção e construção do edifício industrial recaiu sobre a Garcia, Garcia, “pelo seu elevado grau de especialização neste tipo de unidades, e cumprimento de prazos que, neste tipo de construção, são sempre muito rigorosos, já que uma derrapagem mínima redunda em perdas de milhares de euros”, como avança a administração da construtora.
Tendo iniciado os trabalhos de construção este ano, a Garcia, Garcia teve de concluir em apenas três meses 12.000 m2 da área de produção. “Para corresponder às necessidades operacionais e produtivas da Eurocast era um pré-requisito da obra este prazo de execução para a área de implementação de maquinagem, de modo a arrancarem os testes de produção. A restante zona de produção terá de estar concluída em Outubro”, justifica a administração da empresa.
Para concretizar este grande desafio da construção, foi definida uma solução estrutural em betão, sendo que, de forma a acelerar os processos construtivos, e, assim, promover a rapidez da implementação estrutural da obra, toda a zona de produção será construída com recurso a estruturas de betão pré-fabricado.
Além disso, para permitir a maximização da área útil interior e a eliminação de obstáculos físicos estruturais nesta parte da área de produção, potenciando a flexibilidade e adaptabilidade do layout industrial às necessidades da empresa, foram definidos apenas nove pilares interiores (malha estrutural de 25x33). Por outro lado, a restante área produtiva (9.000 m2) foi preparada para receber pontes rolantes de elevada capacidade.
O rigor do processo e o equipamento produtivo exigiu uma extensa rede de galerias técnicas subterrâneas com sete metros de profundidade e 680 metros de extensão. “Estas galerias foram concebidas para enquadrar todas as redes técnicas e infra-estruturas de suporte à produção, assim como um inovador sistema de recolha e encaminhamento automático de matéria-prima não aproveitada para reutilização”, descreve a administração da Garcia, Garcia, que realça ainda que “esta última solução de construção evidencia uma concepção que visa minimizar a pegada ambiental e incrementar a eficiência energética da unidade industrial”. Ainda neste domínio, destacam-se as soluções previstas para isolamentos térmicos e acústicos de elevada performance, sistemas de iluminação tipo LED e promoção de iluminação zenital. A unidade industrial será também equipada com um avançado sistema de gestão de resíduos e estações de tratamento de efluentes próprias.
O edifício desenvolve-se em três áreas funcionais distintas: social e administrativa, produtiva e técnica. Localizada no piso térreo, a zona de produção industrial subdivide-se numa área de 9.000m2 onde serão implementadas prensas e numa outra de 12.000m2, já concluída, para maquinagem. Funcionalmente operam num único espaço, apenas com compartimentações para espaços técnicos e pequenos gabinetes de apoio.
Por sua vez, o bloco social e administrativo, localizado a Norte da unidade, organiza-se em duas áreas distintas: administrativa e social, distribuídas por dois pisos. Esta organização, definida em fase de projecto, permite a sectorização funcional do edifício, com duas entradas distintas, promovendo a funcionalidade e adequação dos espaços.