O modelo ‘Casa Reparada, Vida Melhorada’ foi lançada, em 2014, pela Junta de Freguesia do Bonfim no sentido de reabilitar as pequenas casas nas Ilhas. Agora, de acordo com a edilidade, vai ser aplicado em Campanhã.

Recorde-se que em 27 de Dezembro de 2016, aquando da aprovação em reunião de câmara da extensão do programa destinado ao Bonfim, o presidente da Câmara Municipal do Porto (CMP), Rui Moreira, desafiou as outras freguesias a adoptar programas semelhantes. O repto foi aceite pela Junta de Freguesia de Campanhã.

Esta iniciativa conta uma vez mais com o apoio da CMP e de acordo com a autarquia deverá ser aprovado, no dia 17 de Janeiro, o protocolo que estende este programa a Campanhã.

A Junta de Freguesia de Campanhã propôs-se, por isso, adoptar o programa ‘Casa Reparada, Vida Melhorada’ com vista a promover a realização de obras de conservação emergentes em habitações localizadas na freguesia, quando os seus arrendatários ou proprietários demonstrem a sua incapacidade económica para promover essa reabilitação.

À semelhança do que aconteceu no Bonfim, em ilhas como a da Travessa da Póvoa, a CMP vai apoiar esta iniciativa através da doação, por parte da sua empresa municipal Domus Social, de materiais de construção para a realização destas obras, até ao montante máximo de 20 mil euros e através da isenção do preço devido pela remoção gratuita de entulhos decorrentes das obras realizadas ao abrigo do programa.

Esta iniciativa assenta, como se pode ler na proposta, que “o acesso à habitação digna é um elemento fundamental para a coesão social das cidades, até porque a ‘casa’ corresponde a uma necessidade essencial do indivíduo e das famílias tendo em vista a sua vida quotidiana e a realização das suas aspirações”.

O executivo de Rui Moreira recorda de igual modo que existem outros contributos significativos que têm sido implementados de forma a “minorar as dificuldades de acesso a uma habitação digna por parte de muitos portuenses, gerindo um parque habitacional de cerca de 12.800 fogos, nos quais tem realizado um grande esforço de requalificação”. Com efeito, como esclarece, “não se revela possível nem adequado responder a todos estes problemas através da construção sistemática de novos empreendimentos de habitação destinada ao arrendamento social, designadamente através da repetição dos modelos que foram seguidos no Porto desde meados do século XX”.

Foto: Ilha da Travessa da Póvoa, Bonfim / porto.pt