A ministra do Mar, Ana Paula Vitorino, afirmou que “o porto de Setúbal, com as intervenções que vão ser feitas, ficará com capacidade de acolhimento do mesmo tipo de navios que hoje vão ao porto de Lisboa”. Prevista está também uma marina.

Na sessão de apresentação da Estratégia para o aumento da Competitividade Portuária 2017/2026, que decorreu em Setúbal, a ministra do Mar anunciou que “as dragagens para a melhoria das acessibilidades marítimas no estuário do Sado, para possibilitar a entrada no porto de Setúbal de navios porta-contentores, deverão arrancar até ao final do ano”.

Além das dragagens para aprofundar o canal de entrada e a bacia de rotação do porto de Setúbal até uma quota de 15 metros abaixo do nível do mar, foi avançado nesta sessão que está também prevista a melhoria dos acessos ferroviários à zona central do porto de Setúbal, que permitirá aumentar a receção e expedição dos actuais nove comboios por dia em cada sentido, para um total de 15 comboios por dia.

Ana Paula Vitorino anunciou igualmente que, “quer a câmara municipal, quer a administração dos Portos de Setúbal e Sesimbra, quer o Governo, estão de acordo e querem muito promover a construção de uma nova marina”. Para o efeito “será necessário fazer um concurso público, no caso de haver mais do que um interessado na construção desta infra-estrutura”, esclareceu.

Relativamente ao projecto da plataforma multimodal do Barreiro, a ministra explicou que “ainda não há uma decisão definitiva do Governo sobre a construção desta infra-estrutura portuária”. No entanto, adiantou que, a ser construído, o futuro terminal não irá prejudicar a actividade do porto de Setúbal”, “mesmo tendo em conta a eventual concorrência do novo terminal do Barreiro, o porto de Setúbal terá um crescimento de 60%” e “sem o terminal do Barreiro, porventura, cresceria mais um pouco”.

De acordo com o Governo, os principais objectivos para todos os portos do País são: “promover o crescimento económico, criar novos postos de trabalho, captar mais investimentos a nível nacional e internacional, e aumentar a movimentação de cargas e a criação de condições para abastecimento de navios a GNL (Gás Natural Liquefeito)”.

Foto: Porto de Setúbal