É um espaço icónico da cidade do Porto que vai passar a ser gerido, nos próximos 25 anos, pela autarquia. A edilidade vai igualmente promover a reabilitação do Cinema Batalha.
Em reunião pública foi aprovada por unanimidade de todos os vereadores da Câmara Municipal do Porto (CMP) a celebração de contrato que permitirá à autarquia reabilitar o cinema Batalha e tomar conta deste espaço nos próximos 25 anos mediante o pagamento de 10 mil euros mensais que, de acordo com o presidente Rui Moreira é uma renda abaixo do valor de mercado.
Rui Moreira esclareceu que a família detentora do Cinema Batalha “não quer vender e não podemos obrigar ninguém a isso. Os proprietários deixaram claro que não gostariam de se desfazer daquilo que herdaram”. Acrescentando que “o arrendamento tem um prazo de 25 anos, renovável, o que permite a amortização do investimento que vamos fazer”.
O vereador do Urbanismo, Manuel Correia Fernandes, salientou que o edifício de autoria do arquitecto Artur Andrade foi considerado “monumento de interesse público”, em 2012, pelo ministério da Cultura, mas “há mais de uma década e meia que estava fechado, se nada fosse feito iria desaparecer”. Por isso disse que “foi feito agora o que tinha de ser feito”.
Rui Moreira anunciou ainda que pretende transformar o Cinema Batalha numa Casa do Cinema que será complementado com outros espaços, nomeadamente expositivos, em colaboração com a Cinemateca, pois defende que “este equipamento tem de estar ligado ao áudio visual”.
Com o Cinema Batalha, Rui Moreira afirma que se “fecha o ciclo que nós anunciamos de trazer o cinema para a Baixa”. Ciclo este que se iniciou com o lançamento do cartão Tripass através da dinamização dos cinemas Trindade, Passos Manuel e Rivoli.
O presidente da autarquia portuense considerou que “a reabilitação e utilização do Cinema Batalha é fundamental na recuperação social e comercial de toda a Praça da Batalha e ruas adjacentes”. Revelando que “a recuperação e necessária adaptação edifício às actuais exigências será confiada ao professor e arquitecto Alexandre Alves da Costa, com fortes ligações ao edifício e ao cinema”.
No final da reunião de câmara, Rui Moreira afirmou ainda que “esta é uma resposta aos anseios da população”.
Foto: Filipa Brito / porto.pt