De acordo com o Plano de Desenvolvimento Operacional da Rede do Metropolitano de Lisboa, vão ser feitas novas remodelações e ampliação de estações, a par de dois novos prolongamentos: as extensões Rato-Cais do Sodré e S. Sebastião-Campo de Ourique, e uma ligação pedonal Rato-Amoreiras.

Este plano foi apresentado pelo ministro do Ambiente, João Pedro Matos Fernandes, evento que contou também com a presença do secretário de Estado Adjunto e do Ambiente, José Mendes.

O plano em questão revela que o prolongamento do Rato (linha Amarela) ao Cais do Sodré (linha Verde) vai contar com as duas novas estações da Estrela e de Santos, passando a ligar as duas linhas através de uma única linha circular. Do mesmo modo, vão ser criadas novas circulações de seis carruagens que vão permitir intervalos de três minutos e meio nas horas de ponta.

Prevista está também a construção de um túnel com dois quilómetros até à nova estação da Estrela e desta para a nova estação de Santos e, já numa fase final, a ligação entre Santos e o Cais do Sodré vai ser edificada a céu aberto.

A estação da Estrela vai localizar-se na Calçada homónima, junto ao antigo Hospital Militar, em frente à Basílica da Estrela; enquanto a estação de Santos vai situar-se junto ao edifício do Batalhão dos Sapadores de Lisboa.

O plano aponta para que os concursos das obras avancem no 2.º semestre de 2018, com o início dos trabalhos a iniciar-se em 2019 e entrada em funcionamento no final de 2021.

Esta é uma obra orçada em 216 milhões de euros, que incluí o Nó do Campo Grande para a linha circular, e cujo financiamento recorre a fundos comunitários e a empréstimos do Banco Europeu de Investimento (BEI). Serão ainda adquiridas 33 novas composições, cujo investimento se estima em 50 milhões de euros.

Paralelamente a este projecto, foi desenvolvida uma ligação pedonal subterrânea de 300 metros que ligará a estação do Rato à Praça de Santa Isabel, permitindo o acesso ao centro comercial Amoreiras, numa obra cujo valor ronda os 15,6 milhões de euros.

O Metropolitano de Lisboa desenvolveu também um prolongamento da linha Vermelha, de São Sebastião para Campo de Ourique, onde se prevê a construção de mais de dois quilómetros de linha em túnel e a construção de mais duas estações: Amoreiras e Campo de Ourique. Este eventual prolongamento terá um custo de 186,7 milhões de euros, mas não está ainda prevista uma data para a sua execução por ausência de garantias do seu financiamento. Assim, esta obra deverá ser financiada no próximo ciclo de fundos comunitários.

A ampliação da estação de Arroios vai permitir a circulação de comboios de seis carruagens em toda a linha Verde e a remodelação e modernização de equipamentos das estações Areeiro, Colégio Militar, Olivais e Baixa-Chiado irá permitir melhores acessos. O conjunto de obras corresponde a um investimento total de 16,2 milhões de euros.

Concluída a totalidade das obras, altera-se o diagrama do Metropolitano de Lisboa.Entretanto, o presidente da Câmara Municipal de Lisboa considerou que este plano de expansão “vai permitir melhorar muitíssimo o funcionamento do Metro na cidade” mas que deve ser mais ambicioso. Com efeito, Fernando Medina acredita que, “num futuro relativamente próximo”, será possível “fazer aquilo que falta, que é, por um lado, a extensão do Metropolitano para o lado Ocidental da cidade, que é a ligação, passando o Vale de Alcântara até ao Alvito, que permitirá depois fazer a ligação das freguesias de Alcântara, da Ajuda e de Belém, que são zonas que hoje não têm cobertura do Metropolitano”.

Recorde-se que, segundo dados oficiais, no primeiro trimestre de 2017, o Metropolitano de Lisboa teve um aumento da procura de 10,8% e das receitas de 9% face ao período homólogo do ano anterior. Segundo o presidente do Metro, Vítor Domingues dos Santos, a expansão da Linha Amarela desde o Rato até ao Cais do Sodré vai originar um acréscimo de 7,9 milhões passageiros na rede por ano.

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