O Instituto Nacional de Estatística (INE) reportou que os edifícios licenciados aumentaram 7,4% e os edifícios concluídos subiram 12,2% no segundo trimestre de 2017, comparativamente ao período homólogo de 2016.
Os dados preliminares do INE, relativos ao período de Abril a Junho, avançam que os edifícios licenciados aumentaram 7,4% (+29,4% no primeiro trimestre) para 4,6 mil, com o licenciamento para construção nova a progredir 12,4% (+36,7% no primeiro trimestre) e o licenciamento para reabilitação a recuar 0,7% (+18,2% primeiro trimestre).
A mesma fonte adianta que os edifícios concluídos registaram um aumento homólogo de 12,2% no segundo trimestre, que compara com a subida de 13,1% no trimestre anterior, perfazendo 2,9 mil edifícios.
Comparativamente com o trimestre anterior, o número de edifícios licenciados decresceu 6,4% (+13,1% no primeiro trimestre) e os edifícios concluídos registaram uma variação de +0,2% (+3,2% no primeiro trimestre).
O INE revela também que, do total de edifícios licenciados de Abril a Junho, 67,3% corresponderam a construções novas e, destas, 69,8% destinaram-se a habitação familiar. Os edifícios demolidos (346 edifícios) corresponderam a 7,4% do total de edifícios licenciados.
Analisando os licenciamentos por regiões, verificaram-se variações homólogas positivas no Norte (+15,3%), na Área Metropolitana de Lisboa (+10,9%) e no Centro (+5,4%). Já no licenciamento para construções novas apresentaram subidas homólogas as regiões Norte (+22,7%), Área Metropolitana de Lisboa (+19,9%) e Centro (+14,5%). Todas as restantes regiões apresentaram variações negativas, com destaque para o Algarve (-20,5%).
Quanto ao licenciamento para reabilitação de edifícios, os Açores apresentaram a variação positiva mais elevada (+11,9%) enquanto na Madeira se observou a maior variação negativa (-22,6%).
Numa análise por município, o INE refere que existiu “uma elevada concentração dos fogos licenciados para obras de edificação num reduzido número de municípios”, com cinco a concentrarem 27,3% do total de fogos licenciados no segundo trimestre de 2017.
Entre Abril e Junho existiu, pois, um acréscimo homólogo de 23,7% na área total licenciada, com a região Centro a apresentar a variação positiva mais elevada (+52,9%) e os Açores a serem a única região com decréscimo nesta variável (-35,7%).
No que se refere às obras concluídas no segundo trimestre (incluindo construções novas, ampliações, alterações e reconstruções), aumentaram 12,2% face ao período homólogo, estimando-se que tenham sido concluídos 2,9 mil edifícios em Portugal, 68,5% das quais correspondendo a construções novas e, entre estas, 68,4% com destino a habitação familiar.
O instituto dá ainda conta que todas as regiões registaram um aumento no número de edifícios concluídos, destacando-se a Área Metropolitana de Lisboa com uma variação homóloga de +34,7% e a Região Autónoma dos Açores com +30,5%. E que as obras concluídas para construções novas em Portugal aumentaram 12,3% face ao 2.º trimestre de 2016, enquanto as obras de reabilitação cresceram 12,0%. Em comparação com o trimestre anterior, as obras concluídas para construções novas diminuíram 1,0%, enquanto as obras de reabilitação cresceram 3,0%.
Numa análise por regiões, as obras concluídas em construções novas apresentaram os maiores acréscimos nos Açores (+57,8%) e na Área Metropolitana de Lisboa (+30,9%), tendo-se registado decréscimos na Madeira (-10,0%) e no Alentejo (-3,0%). Já nas obras concluídas para reabilitação, existiu o crescimento homólogo na Madeira (+100,0%) e na Área Metropolitana de Lisboa (+44,4%), sendo que os Açores foram a única região com variação homóloga negativa nesta variável (-12,2%).
Do total de edifícios concluídos no segundo trimestre, segundo o INE, 71,1% localizavam-se nas regiões Norte e Centro, correspondendo-lhes cerca de 68,1% do total de fogos concluídos, sendo que estavam no Norte 41,2% dos edifícios e 40,2% dos fogos concluídos em todo o País; enquanto que na Área Metropolitana de Lisboa foram concluídos 8,8% do total de edifícios e 12,6% do total de fogos.
No segundo trimestre do ano, a área total construída em Portugal registou um crescimento homólogo de 1,6%, com as regiões Centro e Alentejo a serem as únicas a apresentar um decréscimo nesta variável: -17,5% e -16,8%, respetivamente. Todas as restantes regiões cresceram comparativamente ao trimestre homólogo, com destaque para a Região Autónoma dos Açores (+81,1%), conclui o INE.
Foto: Anabela Loureiro