E eis que estamos de novo no Natal. Repetem-se as manifestações de solidariedade, as pessoas tornam-se mais próximas, seja-se ou não católico, há um espírito diferente no ar.
É verdade que o gigantesco apelo ao consumo também se mantem apesar de a crise obrigar a transformar os nossos impulsos. Isto não impede que as estatísticas indiquem que, mesmo assim, os portugueses gastam muito dinheiro nesta época. Diria que ainda bem. Isto gera riqueza, gera negócio, ajuda a economia.
Só é pena que o Estado se demita cada vez mais das suas responsabilidades sociais e vá contribuindo para a formação de um País onde os pobres são cada vez mais pobres e os ricos cada vez mais ricos. Sobra o quê? A sociedade civil que se organiza cada vez mais e prova a generosidade dos portugueses. Se não fosse esta realidade, cada vez mais expressiva, a situação seria muito pior.
Mas, como se costuma dizer, “o Natal é quando um homem quer”. Que a lição que o Povo está a dar ao Governo se mantenha o ano inteiro e que se desliguem os televisores quando os mais altos magistrados da Nação quiserem desejar-nos Boas Festas. Eles que comam o bolo-rei sozinhos.
FELIZ NATAL
Joaquim Pereira de Almeida em nome de toda a equipa da Magazine Imobiliário