As operações de grande dimensão nos principais mercados impulsionam volumes em 27% face ao 1º trimestre de 2013 e perspectiva-se que os volumes anuais continuem a crescer no decorrer deste ano, avança a consultora JLL.

O investimento em imobiliário de retalho na Europa está bastante dinâmico segundo a JLL, com um início de ano sólido e dando sequência aos fortes volumes de investimento registados na segunda metade do ano passado.

O investimento directo em imobiliário de retalho no 1º trimestre alcançou os 6,6 mil milhões de euros, mais 27% do que os 5,2 mil milhões de euros registados no 1º trimestre de 2013 e cerca de 20% acima da média trimestral dos últimos cinco anos.

Geograficamente, a parte mais expressiva da actividade continua focada nos mercados líquidos e de grande dimensão do Reino Unido e da Alemanha, que, em conjunto, totalizam 63% do volume transaccionado no trimestre. O mercado do Reino Unido continua muito dinâmico, registando um volume de investimento no trimestre de 2,3 mil milhões de euros, 27% acima da média trimestral dos últimos cinco anos. Já na Alemanha, diversos negócios de grande dimensão impulsionaram o volume transacionado para os 1,8 mil milhões de euros, mais 56% do que a média trimestral dos últimos cinco anos. Nos restantes mercados europeus, destaque para o aumento expressivo de actividade nos mercados em recuperação da Itália, Espanha e Irlanda, além também do mercado da Holanda, o que sugere que a apetência dos investidores pela expansão geográfica continua a alargar-se.

O director de Capital Markets da JLL Portugal, Fernando Ferreira, comenta que “também em Portugal, o investimento em imobiliário de retalho está a recuperar, reconquistando a posição de liderança que sempre teve na preferência dos investidores e agora com uma maior diversificação de produtos de investimento, dada a consolidação do comércio de rua. Tem sido, aliás, este último segmento a impulsionar o investimento em imobiliário de retalho nos últimos dois anos, mas desde meados do ano passado que a procura por centros comerciais está também a reemergir, como se pode ver no aumento das posições dos actuais proprietários”.

Foto: Passeio dos Clérigos, Porto