O número de novas empresas cresceu 11,8% no 1º trimestre de 2015, tendo sido constituídas 11.653 empresas entre Janeiro e Março do corrente ano, ou seja, mais 1.227 do que no mesmo período do ano passado. Os dados são avançados pela IGNIOS no seu mais recente “Observatório de Insolvências, Novas Constituições e Créditos Vencidos”.
Segundo esta empresa de soluções para gestão do risco no sector empresarial, a dinâmica de criação de empresas acelerou no 1º trimestre de 2015, sendo que o número de empresas constituídas neste período cresceu 11,8% (mais 1.227 empresas) face ao 1º trimestre do ano passado.
No seu mais recente “Observatório de Insolvências, Novas Constituições e Créditos Vencidos” revela que no 1º trimestre de 2015 foram constituídas 11.653 novas empresas em Portugal, a maioria das quais (40,1%) no sector de “Outros Serviços”. O “Comércio a Retalho” (13,3%) e a “Hotelaria e Restauração” (11,1%) foram os outros dois sectores de actividade a acolher maior número de novas empresas nestes primeiros três meses do ano. Em termos geográficos, os distritos de Lisboa e Porto continuam a ser os preferidos para o nascimento de empresas, concentrando no trimestre, respectivamente 27,5% e 18,6% do total das constituições. Braga (8,5%), Setúbal (6,6%) e Aveiro (6,5%) completam o top cinco dos distritos mais dinâmicos na constituição de empresas no 1º trimestre de 2015
Para o CEO António Monteiro “quase um ano passado sobre o fim do resgate financeiro, a dinâmica de crescimento económico mantém-se nas empresas e empresários portugueses, sustentada nas perspectivas positivas percepcionadas para a economia nacional”.
De acordo com a IGNIOS, o rácio de empresas criadas/insolvências continua a evoluir favoravelmente e o 1º trimestre deste ano regista um total de 5,32 novas empresas constituídas por cada empresa insolvente, o que compara com um rácio de 4,99 empresas criadas/insolventes em igual período do ano passado.
Ainda assim, o número de insolvências encerra o trimestre a crescer 4,9% face ao período homólogo de 2014. Nos primeiros três meses de 2015, observaram-se 2.189 empresas insolventes em Portugal, quando em igual período do ano passado esse número era de 2.086. Mesmo com este crescimento, a IGNIOS considera ser prematuro dar como consolidada a inversão de tendência de decrescimento iniciada em 2014, até porque a mesma só começou a ser observada precisamente a partir do 1º trimestre. Aliás, entre 2008 e 2015, existiu sempre crescimento de insolvências no 1º trimestre do ano.
O número de insolvências cresceu sobretudo devido aos aumento no número de processos em que são os credores a solicitar a insolvência (+10,2% para 736) e nas declarações finais de insolvência (já concluídas), estas últimas a concentrar 826 processos (+8,4% do que no 1º trimestre de 2014). As insolvências apresentadas pela própria empresa recuaram 2% para os 600 processos, e os planos de insolvência desceram 38,6%, embora mantenham um peso muito residual (27 processos) no total das insolvências.
Os distritos de Lisboa (21,6%), Porto (19%) e Braga (15,1%) concentram o maior número de insolvências, enquanto nos sectores económicos lideram as empresas de “Outros Serviços” (18,6%), “Construção” (17,8%), o “Comércio a Retalho” (14,6%) e o “Comércio por Grosso” (14,0%).