No ano em que a Prime Yield celebra 10 anos de actividade, a empresa procedeu à análise evolutiva do mercado habitacional. Os números não deixam margens para dúvidas. Entre 2005 e o primeiro trimestre de 2015, os preços das casas na Grande Lisboa e no Grande Porto aumentaram, em média, 4,4% e 2,8% respectivamente.

“O Mercado Habitacional em Portugal 2005-2015” foi hoje apresentado pelo director Executivo da Prime Yield, José Manuel Velez, que afirmou que “estes dez anos aconteceram a dois ritmos para o mercado habitacional, com essa tendência de crescimento até cerca de 2008, seguindo-se um período de estabilização e com uma acentuação de descida a partir de 2011”. A partir de 2011, como esclarece, “com a intervenção da assistência económica e financeira da Troika, alguma incerteza no mercado pela restrição no acesso ao crédito e menos consumo”, sentiu-se uma descida dos preços até 2012.

Já em 2013, o índice da Prime Yield mostra “algum movimento de ligeiro crescimento dos preços”, mas ainda com valores de base inferiores aos verificados entre 2005 e 2008. Sendo que a partir de 2014 deu-se uma “estabilização dos valores ou ligeira subida dos preços de avaliação”, explica.

O estudo revela que, em 10 anos, os preços das casas subiram na Grande Lisboa, com os preços médios das casas a fixar-se nos 1.324 euros/m2, em 2015, face aos 1.268 euros/m2 de 2005. Sendo que no Grande Porto, os valores médios de oferta em 2015 foram de cerca de 1.192 euros/m2, em oposição aos 1.160 euros/m2 de 2005.

Refira-se que, de 2014 para o primeiro trimestre de 2015, o crescimento dos preços foi de 8,6% em Lisboa e de 5,8% no Porto. Segundo José Manuel Velez, os preços das casas “nunca tiveram quebras de dois dígitos e na comparação directa dos extremos destes dez anos, os preços apresentam mesmo um crescimento”.

Outro valor importante a reter obtido através do índice imobiliário da Prime Yield, é que, em 10 anos, numa comparação da rentabilidade nominal entre o mercado imobiliário e o mercado de acções, como José Manuel Velez afirma, “o imobiliário ganha”, uma vez que “é mais rentável que as acções”. Esta realidade é verificada tanto na Grande Lisboa como no Grande Porto.

O exemplo dado foi, se um investidor tivesse aplicado 125.000 euros em imóveis em 2005 no mercado de Grande Lisboa, o seu investimento teria valorizado cerca de 6,4% em 10 anos, com a Prime Yield a estimar que o seu activo tenha em 2015 um valor nominal de cerca de 133.000 euros. Já no Grande Porto, considerando igual valor de base de 125.000 euros e as mesmas premissas de venda, esta valorização a 10 anos teria sido de cerca de 3,4%, com o valor nominal do imóvel a fixar-se em 129.200 euros em 2015.

Este estudo mostrou ainda a evolução da actividade das empresas do sector imobiliário em 10 anos, no período de 2003-2013 (uma vez que ainda não são conhecidos os dados de 2014-2015). Em 2013, o sector do imobiliário dava emprego a 104.724 pessoas, das quais 88.016 na área da construção e os restantes 16.708 distribuídos pelas actividades imobiliárias, com a compra e venda de bens imóveis a liderar (11.662 colaboradores). Depois de 2012 (112.700), o número registado em 2013 é o mais baixo dos últimos sete anos, traduzindo uma perda de emprego no sector, que, nos últimos dez anos (2003-2013), chegou a ter 144.585 empregados, no pico do mercado, em 2008. Refira-se ainda que o sector imobiliário gerou um Valor Acrescentado Bruto (VAB) de 30,3 mil milhões de euros entre 2003 e 2013.

A Prime Yield salienta que o presente estudo tem um objectivo meramente informativo e na sua preparação foram utilizadas várias fontes de informação, incluindo dados recolhidos e tratados pelo departamento de research da empresa, além de dados extraídos do Portal Imobiliário Casa Sapo e dados facultados pela IGNIOS, estes últimos referentes ao tecido empresarial do sector imobiliário.

Esta empresa presta serviços de consultadoria e avaliação de activos, que pretendem ser uma mais-valia no suporte e apoio à tomada de decisão dos seus clientes. Criada em 2005, a empresa está actualmente presente nos principais países lusófonos, com escritórios em Portugal, Angola, Brasil, Cabo Verde e Moçambique. A Prime Yield celebra, em 2015, 10 anos de actividade e, além do presente estudo, acaba de lançar também uma aplicação móvel totalmente inovadora para o mercado imobiliário e a edição de um livro comemorativo que reúne pela primeira vez research sobre o imobiliário em países lusófonos.