No mês de Maio foram transaccionados 5.895 m² de espaços de escritórios em Lisboa, elevando para 38.013 m² os níveis de absorção no acumulado do ano entre Janeiro e Maio. Estes valores são avançados na mais recente análise ao mercado de escritórios de Lisboa, com os resultados de maio do Office Flashpoint da JLL.

Os números mencionados traduzem um crescimento homólogo de 17% em relação aos 32.584 m² absorvidos nos primeiros cinco meses de 2014, e de 28% face ao nível de absorção registado em Maio de 2014 (4.591 m²). Sendo que, até final de Maio, a JLL garantiu uma quota de mercado de 28% na absorção de escritórios.

Sucedendo a um mês de Abril pouco dinâmico (2.659 m²) e que foi de quebra face a um mês de Março muito activo (10.307 m²), em Maio a nota voltou a ser de crescimento, com os níveis de absorção a superarem em 122% a performance do mês anterior.

Numa análise geográfica, e pelo terceiro mês consecutivo, o Parque das Nações (Zona 5) voltou a destacar-se como a zona mais activa do mercado de Lisboa, concentrando 38% da área total absorvida em Maio (2.243 m²), seguido do Corredor Oeste (Zona 6), com uma quota de 28% (1.663 m²). Este cenário confirma uma vez mais a tendência observada no mercado de Lisboa desde o início de 2015, com as duas zonas a exibirem uma quota de 29% cada no acumulado do ano, seguidas pelo CBD (Zona 2) e pelo Prime CBD (Zona 1), com quotas de 19% e 12%, respectivamente. De salientar que em 2015 não foram registadas operações de tomada de novos espaços de escritórios na Zona Secundária de Escritórios (Zona 4).

Olhando para a dinâmica por setores de actividade, em Maio as empresas do sector “Outros Serviços” foram as mais activas na tomada de novos espaços de escritórios com uma quota de 38%, incluindo as três maiores operações fechadas neste mês. Seguiram-se os sectores de “TMT’s & Utilities” e as de “Serviços a Empresas”, com quotas de 22% e 13%, respectivamente. No acumulado do ano, o sector mais activo na procura foi dos “Serviços a Empresas”, pesando cerca de 23% (8.773 m²) na absorção total do período, seguido dos setores de “TMT’s & Utilities” (7.094 m²) e de “Produtos de Consumo” (6.345 m²), com quotas de 19% e 17% respectivamente.

O Office Flashpoint da JLL sublinha a evolução positiva da área media por transacção, que em Maio se cifrou nos 393 m², comparando com os 306 m² registados por este indicador no mesmo mês de 2014. Entre Janeiro e o final de Maio foram concluídas 90 operações no mercado de Lisboa, menos seis que em igual período do ano passado, mas com a área média por operação a cifrar-se nos 422 n², ou seja, 24% acima dos 339 m² registados em igual período de 2014.

Refira-se ainda que a “Mudança de Edifício” foi a principal motivação para a tomada de espaço de escritórios em Maio (3.215 m²), com 55% da absorção, seguida pela “Expansão de Área” (2.188 m²), com um peso de 33%. A chegada de “Novas Empresas” ao mercado foi responsável por uma fatia de apenas 8% da absorção do mês. Este cenário reflecte a tendência registada desde o início do ano.

Foto: JLL