Numa altura em que se aproximam as férias de Verão e o País acolhe turistas e emigrantes, poderão ser desencadeadas futuras transacções imobiliárias. O optimismo é, segundo  o Imovirtual Market Index (IMI), palavra de ordem.

O IMI, indicador que reflecte a expectativa dos agentes imobiliários em Portugal, desenvolvido em parceria com a REVConsultants, apresentou uma curva de sinal positivo, registando o seu melhor resultado de sempre. Para tal terá contribuído o início do período estival, em que o País acolhe quer turistas, quer emigrantes, que podem potenciar futuras transacções imobiliárias, dado que o investimento estrangeiro neste setor tem vindo a crescer consideravelmente nos últimos tempos.

Em Maio, o tempo médio de imóveis residenciais para venda apresentou-se nos 11,7 meses (revelando uma diminuição significativa face aos 12,7 meses de morosidade no mês de Abril) e o tempo médio para arrendamento rondou os 3,8 meses, registando também uma diminuição face ao mês anterior (quatro meses).

No mês de Maio, a REVConsultants com base na análise do IMI destaca os que 53% dos participantes no inquérito mencionaram o aumento do produto em carteira (registando um aumento face ao mês anterior, cuja representatividade foi de 40,3%) e 40% observaram a manutenção do mesmo. Também apurou que 43% dos inquiridos observou um aumento de visitas de potenciais interessados (apenas 37% constataram este facto no mês de Abril); e que 50% dos inquiridos referiu que o número de negócios concretizados se manteve e 33% mencionou um aumento dos mesmos (registando um aumento face ao mês anterior cuja representatividade foi de 26%); já 48% dos inquiridos observou um comportamento estável no desenvolvimento da sua actividade, contrastando com 12% que mencionou uma decréscimo da mesma; e 40% mencionou um desenvolvimento positivo.

De entre os principais obstáculos que intervêm no funcionamento do mercado, destacaram-se no mês de Maio a desadequação do produto imobiliário existente em relação à procura (53%), que tem vindo a ganhar uma maior expressividade desde o início do ano; a instabilidade no mercado de trabalho, com uma incidência de cerca de 47,5%; e as avaliações bancárias desfasadas da realidade, de acordo com 37% das respostas dos profissionais que participaram no inquérito.

Para os próximos três meses, 65% dos inquiridos aponta para uma melhoria na evolução da actividade, 33% para a manutenção da mesma e apenas 2% estima uma diminuição.

Foto: Anabela Loureiro