De acordo com os resultados do Global Corporate Real Estate Survey 2013, da Jones Lang LaSalle, as equipas responsáveis pelo imobiliário nas empresas de serviços financeiros e na banca necessitam de abordar quatro desafios centrais que podem, de forma colectiva, influenciar a produtividade do imobiliário. Saiba quais são…

 

Estes riscos estão evidenciados no “The Productivity Imperative: 2013 Corporate Real Estate Trends for Banking and Financial Services” (“ O Imperativo da Produtividade: Tendências de Imobiliário Corporativo para a Banca e os Serviços Financeiros em 2013”) e são os seguintes: eficiência dos recursos humanos e do portfólio; expectativas quanto à produtividade do espaço de trabalho; interação com as equipas de “procurement”; e gerir a expansão nos mercados emergentes.

 

No que concerne ao ponto um - demonstrar a eficiência do Imobiliário Corporativo em relação aos recursos humanos -, os dados recolhidos em 147 bancos de todo o mundo revelam que estas entidades possuem um rácio médio de membro da equipa para a área do Imobiliário Corporativo/total dos colaboradores da empresa de 1:2412 (i.e.: por cada 2.412 colaboradores da empresa existe um colaborador para a área de Imobiliário Corporativo). Este rácio pode variar de forma significativa de acordo com a dimensão do banco, mas, em média, está abaixo do rácio 1:4.000 exibido noutras empresas de grande dimensão, sendo mesmo o mais baixo do sector privado.

 

O international director de Corporate Solutions na Jones Lang LaSalle, Jeff Schuth, explica que “os bancos foram pioneiros no outsourcing de serviços imobiliários, inicialmente com a intenção de reduzir custos. Mas nos últimos dez anos, outros sectores seguiram esta tendência e, em alguns casos, superaram mesmo os bancos. As organizações na área dos serviços financeiros apresentam um leque diversificado de requisitos para imobiliário, que exige uma gestão cautelosa. Esta análise que cruza sectores levanta a questão de saber se existe ainda espaço para melhorias. Os bancos estão agora a virar a sua atenção para novas questões relacionadas com a produtividade dos espaços de trabalho, com um alinhamento mais rigoroso do negócio que permita uma gestão proactiva do portfólio e sistemas de parceria mais avançados que têm um foco mais estratégico e integram os seus requisitos de serviços”.

 

Relativamente aos espaços de trabalho devem “trabalhar arduamente”. Apesar deste pano de fundo de uma potencial ineficiência a nível dos recursos humanos, os bancos lideram no que diz respeito a tentar extrair o máximo de produtividade dos espaços de trabalho. Cerca de 81% das equipas de imobiliário corporativo na área de serviços financeiros têm expectativas de ganhos de produtividade nos espaços de trabalho. Este peso compara com 72% nas outras indústrias.

 

A head de Workplace Strategy, EMEA, Jones Lang LaSalle, Claudia Hamm-Bastow, refere que “há uma pressão evidente por parte dos quadros de direcção/administração das empresas para melhorar a produtividade dos seus espaços de trabalho. Os executivos da banca percebem que a qualidade do espaço de trabalho tem um impacto directo na cultura organizacional, no foco no cliente e, em última análise, na rentabilidade. Depois de vários anos de foco exclusivo na redução ou contenção de custos, proporcionar uma experiência positiva ao colaborador começa agora a ser central, com um forte ênfase na concepção de espaços nos quais as pessoas se sintam bem em trabalhar e que lhes permita ter boa performance”.

 

O terceiro desafio é: Equilibrar o poder do “procurement”. Com 48% das equipas de imobiliário corporativo na área de serviços financeiros a revelar que as equipas de procurement estão activamente envolvidas nas decisões sobre imobiliário, as funções de procurement na área da banca têm uma influência sobre o imobiliário corporativo mais do que em qualquer outra indústria.

 

Em comentário a esta conclusão, o international director de Corporate Solutions da Jones Lang LaSalle, Iain Mackenzie, disse que “os bancos enfrentam actualmente uma maior pressão em termos de regulação e de corte de custos nos seus ambientes operacionais. Nos últimos dois anos, vimos o impacto positivo que as equipas de procurement podem ter através da introdução de estrutura e responsabilização nas decisões referentes ao imobiliário, o que acaba por resultar melhor quando os profissionais de procurement conseguem ver além dos cortes a curto-prazo e focar-se no valor mais lato que os serviços de imobiliário podem aportar ao negócio a longo-prazo, tais como impulsionar a produtividade do espaço de trabalho”.

 

Por último, os desafios de transparência nos mercados emergentes. De acordo com a McKinsey and Company, os serviços bancários formais alcançam apenas 37% da população nos mercados emergentes, o que representa uma oportunidade de expansão internacional e de aumento de proveitos muito significativa para a banca. Contudo, muitos dos mercados onde os bancos estão a procurar expandir-se ou entrar, não possuem infra-estruturas optimizadas ou métricas de transparência para o mercado imobiliário, o que pode tornar as decisões referentes ao imobiliário bastante difíceis, especialmente quando o sucesso da banca, num contexto global, exige custos de estrutura optimizados.

 

O presidente do Grupo de Banking Industry da Jones Lang LaSalle, Stuart Hicks, comenta, em jeito conclusão, que “o mundo bancário está a mudar rapidamente e as equipas de imobiliário não podem dar-se ao luxo de manter-se estagnadas. Cada um destes riscos agora identificados pode influenciar seriamente a produtividade dos imóveis. As equipas que demonstrem uma análise independente ou benchmarking que cruze sectores serão as mais bem preparadas para endereçar cada um destes desafios”.