A área de escritórios contratada em Junho de 2015 totalizou 12.763 m2, valor 53% acima do registado em igual período de 2014 (8.324 m2), revela a análise da Aguirre Newman/LPI. Em termos acumulados, a área de escritórios contratada no primeiro semestre do ano (50.776 m2) foi superior em 24% à registada em igual período do ano transacto (40.908 m2).

Este estudo mostra que o total das operações registadas no primeiro semestre de 2015 foi de 123, correspondendo a mais seis transacções de arrendamento do que em igual período do ano anterior. Neste âmbito, o maior número de operações verificou-se no Corredor Oeste (Zona 6 - ixo A5 até Porto Salvo e Alfragide) e no Parque das Nações (Zona 5 - Parque das Nações), com respectivamente 31% e 27% da área transaccionada; sendo que na Zona Secundária (Zona 4 - Eixo da Av. Infante Santo e Av. 24 de Julho) não se registou qualquer operação.

Numa análise geográfica do número de transacções registadas no primeiro semestre de 2015, destaca-se o crescimento do Corredor Oeste (Zona 6) e da Zona Emergente (Zona 3 - Eixo do Campo Grande à 2.ª Circular, zona de Benfica, Praça de Espanha e Sete Rios.), com, respectivamente, mais sete e seis transacções respectivamente, que em igual período de 2014. Já na análise de distribuição geográfica dos metros quadrados colocados, a Zona 6 (Corredor Oeste) e a Zona 5 (Parque das Nações) registaram os maiores crescimentos da área contratada no primeiro semestre de 2015 face a igual período de 2014, respectivamente 8.254 m2 e 2.896 m2.

A Aguirre Newman/LPI mostram no seu estudo que a superfície média contratada por transacção no primeiro semestre aumentou cerca de 18%, de 350 m2 em 2014 para 413 m2 em 2015. Refira-se que as zonas do Corredor Oeste (Zona 6) e da Zona Secundária (Zona 4), com variações de respectivamente, 68% e -100%, foram as que registaram maior variação na superfície média contratada por transacção, no primeiro semestre, face a igual período de 2014.

Avaliando a absorção por intervalo de área contratada no primeiro semestre do ano em curso, nas zonas Prime CBD (Zona 1 - Eixo da Av. da Liberdade à Praça Duque de Saldanha), Zona Emergente (Zona 3) e Corredor Oeste (Zona 6), mais de 60% das transacções registaram uma superfície inferior a 300 m2. Do total da área contratada no primeiro semestre de 2015, apenas 5% foi em edifícios novos e os restantes 95% em edifícios usados, denotando uma preferência clara por instalações usadas.

Relativamente à absorção por intervalo de área contratada, apenas 13 transacções (cerca de 11% do total) registaram uma superfície superior a 800 m2 e 72 transacções (cerca de 59% do total) registaram uma superfície inferior a 300 m2.

No mês de Junho de 2015, o sector “Serviços Empresas” foi o que se destacou, tendo sido responsável por 46% da área contratada (5.872 m2 num total de 12.763 m2).

A Aguirre Newman/LPI considera que, se se tiver em linha de conta o comportamento do mercado de escritórios nos últimos doze anos, os anos de 2009 e 2014 registaram um primeiro semestre com o nível de desempenho, face ao total do ano, mais baixo da série (respectivamente 37.361 m² e 40.908 m2). Já o ano em curso registou um nível de desempenho no primeiro semestre superior ao dos últimos quatro anos (desde 2011).

A mesma fonte demonstra que, comparando a Absorção Anual versus Absorção 1º Semestre, encontra-se, em 2004, o seu valor mais alto (58%) e em 2009 o seu valor mais baixo (32%), traduzindo respectivamente o melhor e o pior desempenho relativo do primeiro semestre nesse ano. Utilizando este indicador para se estimar um número final para a colocação de escritórios em Lisboa, em 2015, apuou-se três valores: de 121.000 m² (projecção I), traduzindo a média do período 2003/2014 para o valor da Absorção 1º Semestre na Absorção Anual; 157.000 m2 (projecção II), traduzindo o valor mais baixo; e 88.000 m2 (projecção III), traduzindo valor mais alto.

A absorção acumulada no 1º semestre do ano em curso aponta claramente para um maior dinamismo do mercado de escritórios em 2015. Apenas no mês de Abril de 2015 a área de escritórios contratada sofreu um decréscimo face a igual período do ano transacto.