A Associação Comercial do Porto (ACP) enviou uma carta de cinco páginas aos diversos candidatos às Eleições Legislativas do próximo dia 4 de Outubro. O objectivo é perceber o que pretendem fazer relativamente às principais infra-estruturas da região Norte.
Esta associação nortenha defendeu que os estímulos para o crescimento económico passam por uma “sustentabilidade orçamental” e por “um 'upgrade' de infra-estruturas que são vitais para a competitividade internacional e, como isso, para a capacidade de atracção de mais e melhor investimento”.
O presidente da ACP, Nuno Botelho, questionou as diversas candidaturas sobre se “existe vontade de apoiar o porto de Leixões na sua estratégia de se consolidar como plataforma logística do Noroeste peninsular”, assim como sobre “como vai o Norte beneficiar da ferrovia europeia do ‘Corredor Atlântico’, de modo a garantir que os seus principais pólos de desenvolvimento ficarão bem posicionados e bem integrados nas novas redes ferroviárias ibéricas e trans-europeias de elevada prestação”.
Nuno Botelho considera também “primordial assegurar-se que o actual concessionário do aeroporto mantém uma atitude inovadora, atenta às tendências do mercado de aviação civil, designadamente no que se refere às companhias 'low-cost', para aprofundar o crescimento e a diversificação das ligações directas que o aeroporto tem vindo a oferecer”.
A questão da Metro do Porto e da Sociedade de Transportes Colectivos do Porto (STCP) também não foi esquecida nesta carta. Na mesma a associação pretende saber quais as garantias que serão dadas, no âmbito do contrato de sub-concessão, para a manutenção da qualidade do serviço e de linhas “economicamente menos rentáveis”.
O documento refere ainda que, no entender da ACP, “os investimentos públicos nestas infra-estruturas, cuja implementação extravasa o horizonte temporal da próxima legislatura, carecem de um consenso transversal porque consubstanciam, antes de mais, uma visão estratégica daquilo que deve ser a política de transportes nacional. E nessa perspectiva, o novo quadro comunitário de apoio tem que ser, em última instância, um instrumento financeiro que dê coerência a um processo de desenvolvimento harmonioso e sustentado do País”.
Foto: JOFEBAR/Porto de Leixões